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Antônio Manoel de Carvalho Neto,
mais conhecido como Carvalho Neto, nasceu em Sergipe, no ano de 1889.
Estudou as primeiras letras em
seu Estado natal. Concluídos os preparatórios, mudou-se para a capital da
República, onde realizou o curso de Ciências Jurídicas na Faculdade Livre de
Direito, diplomando-se em 1911.
Atendendo convite de seu
progenitor, regressou para Aracaju onde, além de advogado, foi jornalista,
homem público, escritor, magistrado e grande teórico da Educação.
Além de advogado, foi Juiz de
Direito e Consultor Jurídico do Estado de Sergipe. Sua atividade foi tão
meritória que mereceu a alcunha de “advogado
dos perseguidos” , e tão sábia que o chamavam “Mestre do Direito”.
Sua tônica foi o Direito Trabalhista, do qual foi um dos pioneiros no Brasil.
Dedicou-se, também, ao Direito Penitenciário.
Como homem público, foi Deputado
Estadual em duas legislaturas: de 1912
a1913 e de 1914 a 1916.
Como educador, dirigiu a
Instrução pública, de 1918 a 1921, no governo do Presidente Pereira Lobo.
Sua contribuição para a Reforma da Educação, proposta por este governante, está
muito bem avaliada na dissertação de mestrado da professora Maria do Socorro
Lima, apresentada na Universidade Federal de Sergipe. A Carvalho Neto devemos a
avaliação médico-escolar, o controle e equiparação do ensino particular, o
ensino prático no aprendizado dos normalistas, a criação do cargo de Diretor na
Escola Normal, nos Grupos Escolares e na Escola Complementar, a construção de
novos Grupos Escolares e ampliação dos existentes, etc., etc. Poucos educadores
e estudiosos da Educação excederam Carvalho Neto, em nosso Estado.
Sua produção, intelectual,
muito bem estudada na tese de doutoramento da professora Maria do Socorro
Lima, é de cunho jurídico e
literário e pode ser encontrada em seus
artigos publicados em jornais de Aracaju, discursos de inauguração, orações acadêmicas e livros. Manoel Cabral
Machado, em sua obra “Brava Gente Sergipana e Outros Bravos” (1998), considera
Carvalho Neto como um intelectual de destaque. Diz ele, textualmente: “Carvalho
Neto era, no seu tempo, o maior homem público, pela inteligência, cultura e
caráter. Advogado sério e terrível argumentador e, quando ferido, agressivo e
violento nas respostas, não guardava todavia ódios, nem cultivava inimizades.
Morreu quase pobre, não soube fazer fortuna. Em oração fúnebre em nome da
Faculdade de Direito, disse, na hora da saudade: “Nós, os mais moços, tínhamos
o Dr. Carvalho Neto como o último varão da 1ª República. Viera de uma geração
de publicistas que nascera sob o fulgor do pensamento de rei, nas batalhas
políticas para o perfeccionismo republicano”. Digo mais: Carvalho Neto fora a
última expressão do iluminismo sergipano e no final da vida um pensador liberal
que estava a receber os ventos alísios da modernidade”.
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