segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

20Í- ANÍBAL FREIRE DA FONSECA

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ANÍBAL FREIRE DA FONSECA
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Aníbal Freire da Fonseca, mais conhecido como Aníbal Freire (ou Freire da Fonseca), jornalista, magistrado, professor e político sergipano, nasceu em Lagarto, no dia 7 de julho de 1884, sendo seus pais ´Júlia Freire da Fonseca e Antônio Cornélio da Fonseca (advogado provisionado e Capitão da Guarda Nacional). Laudelino Freire era seu tio, pelo lado materno.
Estudou as primeiras letras, e os preparatórios,  em Aracaju, onde foi aluno do “Ginásio Sergipano” (dirigido pelo Prof. Alfredo Montes)  e do  “Atheneu Sergipense”. Depois, seguiu para Salvador, onde ingressou na Faculdade Livre de Direito da Bahia, transferindo-se em seguida para o Rio de Janeiro e Recife (onde concluiu o curso e se diplomou, em 1902).
Regressando a Sergipe, foi nomeado Promotor Público de Aracaju, cargo que abandonou em 1904, para assumir a função de subinspetor de uma Companhia de Seguros, em Pernambuco. Tão logo chegou ao Recife, tornou-se redator do jornal “Diário de Pernambuco”, do qual chegou a ser diretor.
Em 1907, foi eleito deputado estadual. vice-presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco e secretário-geral do governador Herculano Bandeira (1908-1909). Ainda em 1907, submeteu-se ao concurso para a cátedra de Direito Administrativo da Faculdade de Direito do Recife. Aprovado, assumiu a cátedra.  Em 1909, foi eleito deputado federal, mandato do qual afastou-se por questão política, seguindo  para a Europa. Em 1924,  foi  eleito, mais uma vez, deputado federal. Nomeado ministro da Fazenda do governo do Presidente Artur Bernardes, exerceu este cargo nos anos de 1925 e 1926. Na legislatura seguinte (1927-1928) voltou a eleger-se deputado federal, sendo líder da bancada. Reelegeu-se em 1930, quando eclodiu a Revolução Getulista.
Iniciou-se  no jornalismo em 1898, colaborando nos jornais “Tempo” e “Estado de Sergipe”. Em, 1901, foi redator da “Gazeta da Tarde”, do Rio de Janeiro. De 1902 a 1909, redator principal do “Diário de Pernambuco”. De 1926 a 1929, diretor do “Jornal do Brasil”, função que voltou a ocupar de 1937 a 1940. Afastou-se, então, da vida jornalística, por ter ingressado no Supremo Tribunal Federal. Aposentado no cargo de Ministro, voltou, em julho de 1951, à direção do “Jornal do Brasil”, da qual se afastou em 1961.
Pertenceu ao Conselho Superior de Ensino (1913-1923) e ao Conselho Nacional de Educação (1934-1940). Foi Consultor-Geral da República (1938-1940)  e  Ministro do Supremo Tribunal Federal (1940-1951).
Recebeu várias homenagens e pertenceu a diversas Instituições tais como a Comissão Permanente do Livro do Mérito (da qual foi presidente), a Ordem do Mérito Nacional (da qual foi Chanceler), o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, o Instituto Arqueológico de Pernambuco, a Sociedade Brasileira de Direito Internacional, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de Letras (onde ocupou a cadeira 3, que tem por patrono Arthur de Oliveira, foi eleito em 30 de setembro de 1948 e recebido por João Neves da Fontoura).
De sau blbliografia, constam as seguintes obras:
Bancos e suas Espécies - prova de concurso, in Revista Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife, volume XXIII;
Do Poder Executivo da República Brasileira (1916);
  • Discursos (1934);
  • Pareceres e Votos (1948);
  • Alocuções (1948);
  • Pareceres do Consultor Geral da República - (2 volumes), 1951;
  • Notas Bibliográficas de Filinto de Almeida e Roberto Simonsen - Coleção Afrânio Peixoto – ABL (1952);
  • Conferências e Alocuções (1958);
  • Historiadores do Século XX - aula do Curso de História da ABL (1958);
  • Rosa e Silva (Centenário de nascimento - 1857/1957), 1958;
  • Oratória Parlamentar do Segundo Reinado - aula do Curso de Oratória da ABL (1959).
 Aníbal Freire faleceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de outubro de 1970, aos 86 anos de idade. Foi homenageado pelo Supremo Tribunal Federal, no dia 29 de outubro daquele ano, e em 19 de setembro de 1984, por ocasião da passagem de seu centenário de nascimento.
Várias escolas e logradouros têm o seu ilustre e honrado nome.
 
 
 

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