JOÃO RIBEIRO
Sourceid=chrome-instant&riz
João Ribeiro de Andrade
Fernandes, mais conhecido como João Ribeiro, jornalista, crítico, filósofo,
historiador, e tradutor, nasceu em Laranjeiras, em 24 de junho de 1860, sendo
seus pais Manuel Joaquim Fernandes e Guilhermina Ribeiro Fernandes.
Órfão de pai muito cedo, foi
residir em casa de seu avô, Joaquim José Ribeiro, homem de vasta cultura,
amante das letras, que o educou e inculcou o gosto pela leitura e o amor pelos
livros, pela música e pela pintura.
Concluídos os primeiros estudos
em Laranjeiras, transferiu-se para Aracaju onde foi o primeiro aluno de sua
classe, no Atheneu Sergipense. Terminados os preparatórios, mudou-se para
Salvador, onde ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia. Constatado que não
tinha vocação pela medicina, abandonou o curso no primeiro ano, e seguiu para o Rio de Janeiro a fim de matricular-se na Escola Politecnica e
estudar pintura, música, literatura e filologia.
Dedicou-se ao jornalismo e ao
magistério particular. Em 1881, começou a trabalhar no jornal “O Globo” que
então se inaugurava sob a direção de Quintino Bocaiuva. Nesta ocasião, mostrou seus versos a Sílvio
Romero, que publicou sobre eles um artigo elogioso. Embora sensibilizado, João
Ribeiro não os editou. Preferiu continuar escrevendo. Além de “O Globo”, trabalhou
em outros jornais, nos quais usou diversos pseudônimos. No “Correio do
Povo”, manteve uma coluna, denominada “Através
da Semana”. Militou também em outros jornais,
publicando crônicas, ensaios e
criticas, como ocorreu no “Jornal do Comércio” e no “O Dia”, de São Paulo e no “Jornal
do Brasil”, do Rio de Janeiro.
Em 1885, prestou concurso para a
secretaria da Biblioteca Nacional, classificando-se em primeiro lugar. Dois
anos depois, submeteu-se ao concurso para a cátedra de português do Colégio
Pedro II. Embora aprovado, só foi nomeado três anos depois, para a cadeira de
História Universal e do Brasil. Ensinou, também, na Escola Dramática do
Distrito Federal.
Em 1895, realizou sua primeira
viagem à Europa, na qualidade de
representante do Brasil no Congresso de Propriedade Literária, realizado em
Dresden, na Alemanha. No ano seguinte, participou do Congresso de Catálogo das
Ciências, promovido pela Real Society, em Londres. Em 1901, voltou ao Velho
Continente, como assessor da delegação encarregada das negociações do litígio
anglo-brasileiro sobre a Guiana Inglesa. Em 1914, fez sua última viagem ao
Velho Continente, pretendendo fixar
residência na Suiça. Para este intento, vendeu em leilão sua biblioteca e tudo
o que possuía. A tentativa foi malograda em virtude do início ao início da
Primeira Grande Guerra e assim sendo, voltou para o Brasil.
Sua atividade intelectual inclui
obras de Filologia e História, gramáticas, contos e ensaios, antologias e
compêndios didáticos. Múcio Leão reuniu 57 obras, das quais destacamos:
- Seleta Clássica
- História do Brasil
- Estudos Filológicos
- Dicionário Gramatical
- Frases Feitas
- Curiosidades Verbais
- A Língua Nacional
- Páginas de Estética
- O Fabordão
- Notas de um Estudante
- Comeia
- Cartas Devolvidas
- O Folclore, Estudos de Literatura Popular
- Floresta de Exemplos
- Coração (Tradução do original de Edmondo De Amicis)
Em
1898, ingressou na Academia Brasileira de Letras, onde foi recebido por José
Veríssimo. Na Academia, fez parte de várias comissões e foi eleito presidente,
cargo que não aceitou.
João Ribeito era detentor de
larga cultura humanística e considerado grande conhecedor dos clássicos.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 13
de abril de 1934.
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário