AMANDO FONTES
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Amando Fontes, jornalista,
advogado e político sergipano, nasceu em Santos (São Paulo), em 15 de maio de
1899. Seu pai era farmacêutico, sua mãe
era dona de casa.
Amando foi para Aracaju aos 5
anos de idade, após a morte de seu pai. Ele foi criado pelos avós. Em
Aracaju viveu a infância. Aos 12 anos, revelou o gosto pelas letras. Leu
todos os livros que chegaram em suas mãos. Aos 18 anos, conhecia os principais
clássicos da literatura nacional e estrangeira.
Quando adulto, viveu em Salvador, Rio de Janeiro e Curitiba. Dedicou-se ao jornalismo, à
advocacia e às letras. Trabalhou como revisor de impostos, advogado e professor
de Lingua Portuguesa. Foi Deputado Federal por Sergipe em três legislaturas.
Como homem de letras sofreu a influência de Jackson de Figueiredo, Garcia Rosa,
Machado de Assis, Arthur de Sales e Carlos Chiachio. Na literarura estrangeira,
Flaubert, Balzac, Dostoievski e Gorki.
Como romancista, escreveu dois
livros: ”Os Corumbas” (atualmente com mais de 22 edições) e “Rua Siriri”.
Lançado em 1933, “Os Corumbas”
conta a história de Sá Josefa e Seu Geraldo, dois agricultores do interior de
Sergipe que se conheceram em uma festa popular.
Casaram-se, tiveram filhos (alguns morreram, outros viveram...). O tempo
passou, as chuvas ficaram escassas, os usineiros e donos de engenhos pagavam
uma ninharia, a vida se tornou insustentável. O casal se mudou para Aracaju com
uma ninhada de filhos (três moças e um rapaz). Foram morar em um casebre no Alto
de Santo Antônio, tentaram emprego em uma fábrica de tecidos, no Bairro Industrial.
Pais e filhos viveram a exploração da força de trabalho barata. A existência se
transformou em uma tragédia. O Autor descreve com extrema realidade a
exploração dos trabalhadores de Aracaju, nos anos de 1920 e 1930. Neste
romance, Alcântara Machado compara Amando Fontes ao escritor e dramaturgo russo
Aleksei Görki.
“Rua Siriri” foi lançado em
1937. É um romance cujo tema central é a dura realidade das “mulheres damas” de
Aracaju, nas primeiras décadas do século XX. Mariana, Esmeralda, Angelina,
Djanira e Tita são as prostitutas protagonizadas por Amando Fontes. O Chefe de
Polícia ordenou que as prostitutas deixassem as ruas Arauá e Estância e
fossem para uma rua mais afastada, a
Siriri. Elas ficaram revoltadas mas logo se resignaram. Amando descreve o drama
sofrido pelas “mulheres da vida”. Digno de pena é o destino de uma delas, a
jovem Djanira, estigmatizada pela sífilis. Há também o suicídio de Tita e a
tragédia de Mariana. Além de expor, sem erotismo, o problema social das mulheres marginalizadas pela sociedade, o Autor explora o processo de urbanização que a
capital sergipana sofreu durante as primeiras décadas do século próximo
passado.
Amando Fontes faleceu em 1º de
dezembro de 1967.
Pena que não o nome dos pais
ResponderExcluirqual a causa da sua morte?
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