ACRÍSIO CRUZ
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Acrísio Cruz nasceu em
Laranjeiras, em 31 de outubro de 1906, sendo seus pais Manoel Antônio da Cruz e
Maria Leopoldina da Cruz.
Fez os primeiros estudos na
escola da professora Zezinha Guimarães. Depois mudou-se para Aracaju, onde se
matriculou no Colégio Tobias Barreto, do Prof. José de Alencar Cardoso,
conhecido como “Professor Zezinho”.
Autodidata, apaixonado pela
Educação, aos 25 anos assumiu a direção do Grupo Escolar
General Siqueira Campos. Depois, dirigiu o Grupo Escolar Manuel Luiz.
Em 1940, durante a Segunda
Reunião da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Higiene Mental do Nordeste
Brasileiro, realizado em Aracaju, apresentou um trabalho sobre personalidade
infantil e escola, baseado em sua experiência como diretor do Grupo Escolar
Manuel Luiz. Em 1944, publicou na “Revista de Aracaju” outro trabalho pedagógico sobre
carência lúdica, apresentado no III Congresso de Neurologia.
Firmou-se assim como
administrador escolar e técnico em educação, ao mesmo tempo em que se impôs
como professor de Lingua Portuguesa, Psicologia Infantil, e Pedagogia.
Firmou-se, também como jornalista político.
Alem de diretor de Grupos
Escolares, Acrísio Cruz foi AssistenteTécnico do Departamento de Educação
(1942), Técnico em Educação (1943) e Diretor do Departamento de Educação (cargo
correspondente ao de Secretário de Estado) (1944-1950).
Em 1951, foi eleito Deputado
Estadual.
Em vários setores da vida
pública teve presença atuante:. Ocupou vários cargos importantes, participou de Conselhos, presidiu Comissões e representou o Estado
de Sergipe junto a Instituições nacionais e internacionais.
Sua participação mais relevante
foi no governo de José Rollemberg Leite (1947-1951), quando, no cargo
equivalente a Secretário de Educação, promoveu uma grande mudança no ensino
público primário, construiu mais de duzentas escolas rurais, a Escola Murilo
Braga para formação de professores, cinco grupos escolares na capital e doze no
interior, duas escolas superiores (a de Química e a de Economia), etc., etc.
Transformou Sergipe em um laboratório-modelo do Ministério da Educação. A
Escola Murilo Braga é por si só um marco educacional.
No governo de Arnaldo Garcez
(1951-1955), foi Secretário da Justiça e, depois, Presidente da COAP e da
SUNAB.
Em 1963, foi nomeado membro do
Conselho Estadual de Educação. Com o movimento revolucionário de 1964, o
Governador Seixas Dória foi deposto e preso e o Conselho Estadual de Educação
submetido a intevenção.
Acrísio Cruz entrou no ostracismo
político.
Sua derradeira atividade foi na
administração da Rádio Liberdade de Sergipe, onde ocupou a Diretoria Comercial
(1966-1967).
Acrísio faleceu relativamente
cedo, em Aracaju, aos 63 anos, em 13 de setembro de 1969.
Uma avenida no Conjunto
Habitacional João Alves tem o seu nome e uma escola em
Aracaju, situada na Avenida Maranhão chama-se Escola Acrísio Cruz.
Logo após a sua morte Manoel
Cabral Machado afirmou: “Se a morte do professor Acrísio Cruz causou na vasta
roda de seus amigos uma pesada mágoa, trouxe-me mais uma sensação estranha de
empobrecimento”.
Por ocasião do centenário de seu
nascimento, ocorreram várias homenagens, tais como a inauguração
de seu busto na Praça da Imprensa e o lançamento do livro “Viagens de volta ao
Engenho Maratá”, romance inacabado, de sua autoria, organizado por suas filhas.
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