SEVERIANO CARDOSO
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Severiano Maurício de Azevedo Cardoso,
mais conhecido como Severiano Cardoso,
professor, poeta, jornalista, político e autor de textos literários,
nasceu em Estância, em 14 de março de 1840, sendo seus pais Joaquim Maurício
Cardoso e Joana Batista de Azevedo. É
pai de José de Alencar Cardoso,
conhecido como “Professor Zezinho”, diretor e fundador do Colégio Tobias
Barreto, que funcionou inicialmente em Estância (a partir de 1909), e depois em
Aracaju.
Filho primogênito de um grande
educador, Severiano fez os primeiros estudos em sua terra natal, com seu pai e seus
tios maternos. Aos quinze anos mudou-se para Salvador, onde trabalhou no
comércio. Nessa ocasião escrever vários
artigos para o jornal “Bahia Ilustrada”..
Em 1870, voltou para Sergipe e ingressou no “Atheneu Sergipense como escriturário.
Depois foi secretário da Instrução
Pública, cargo que exerceu de 1871 a 1874. Neste último ano deixou o cargp de
secretário e assumiu o de oficial maior daquela secretaria.
Eleito deputado provincial em
duas legislaturas, e membro da Câmara de Vereadores, militou no Partido
Conservador, sempre ao lado de Olímpio
Campos, grande amigo e discípulo..
Como jornalista, militou no
“Sergipe Jornal” (do qual foi redator) e no “Estado de Sergipe”. Colaborou com “O
Americano”, “Jornal do Comércio”, “Folha de Sergipe” e “Jornal de Aracaju”.
Era poeta e afeiçoado ao teatro.
Escreveu diversas peças teatrais, e um
livro intitulado “Teatro Infantil”. Publicou vários trabalhos sobre o ensino
primário. Um deles, “Corografia de
Sergipe”, tornou-se famoso e, ao que parece, está ainda inédito (corografia, no
caso, é o estudo de uma determinada região).
Sua passagem pelo Atheneu
Sergipense e pela Instrução Pública, foi de muita utilidade para o
magistério e a política.
Como educador, criou um colégio,
situado na atual Praça Fausto Cardoso, chamado “Parthenon Sergipense” (ou
“Parthenon Sergipano”?) onde, além de ensinar as disciplinas do Curso de Humanidades, “dava
aulas de gentileza”. Neste colégio, educou dezenas de jovens das principais
famílias de Sergipe.
Fiel seguidor dos grandes
educadores do século XIX, utilizava em suas aulas instrumentos didáticos e não
didáticos, adotando um método avançado de ensino e aprendizagem. Um de seus
alunos, Edilberto Campos, disse que Severiano Cardoso ensinava taboada fazendo de conta que empilhava sacos de açúcar
em um trapiche, e ensinava frações utilizando
casinhas de papelão e tubos de cartolina, de vários tamanhos.
Em busca de novas experiências
educacionais, foi para Minas Gerais, assumir a direção do colégio “Parthenon
Mineiro”, em Rio Novo. Depois de dois anos, voltou para Sergipe e fundou, em
Estância, o “Colégio Minerva”, do qual foi proprietário e professor.
Em 1882, voltou ao “Atheneu
Sergipense”, a fim de ensinar
Aritimética e Lógica.
Em 1900, foi nomeado professor
estadual de Português,Aritmética e Francês, em Estância. Um ano depois, voltou
para Aracaju para ensinar Matemática na Escola Normal.
Armindo Guaraná, em seu
Dicionário Bio-Bliográfico Sergipano, afirma que Severiano Cardoso “foi um
professor competente e apaixonado pela
Instrução” e que “não houve em seu tempo quem melhor soubesse difundir o ensino
no espírito de seus jovens discípulos”. O mesmo disseram Acrísio Torres e o então
presidente do Estado, Manuel d` Araújo
Góes.
Abalado com o assassinato de Olímpio
Campos. Severiano Campos faleceu em Aracaju, no dia 2 de outubro de 1907.
FONTE:
Santos, Maria Fernanda dos –
Severiano Cardoso e a Docência em Sergipe: No anoitecer do Século XIX.
Disponível em http://periodicos.piodecimo.edu.br/online/index.php/praxis/article/viewFile/99/126.
Acesso em 27 de fevereiro de 2015.
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