segunda-feira, 2 de março de 2015

46- SEVERIANO CARDOSO


SEVERIANO CARDOSO
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Severiano Maurício de Azevedo Cardoso, mais conhecido como Severiano Cardoso,  professor, poeta, jornalista, político e autor de textos literários, nasceu em Estância, em 14 de março de 1840, sendo seus pais Joaquim Maurício Cardoso e Joana Batista de Azevedo. É  pai de José de Alencar Cardoso,  conhecido como “Professor Zezinho”, diretor e fundador do Colégio Tobias Barreto, que funcionou inicialmente em Estância (a partir de 1909), e depois em Aracaju.
Filho primogênito de um grande educador, Severiano fez os primeiros estudos em sua terra natal, com seu pai e seus tios maternos. Aos quinze anos mudou-se para Salvador, onde trabalhou no comércio. Nessa  ocasião escrever vários artigos para o jornal  “Bahia Ilustrada”..
Em 1870, voltou para Sergipe e  ingressou no “Atheneu Sergipense como escriturário. Depois foi secretário  da Instrução Pública, cargo que exerceu de 1871 a 1874. Neste último ano deixou o cargp de secretário e assumiu o de oficial maior daquela secretaria. 
Eleito deputado provincial em duas legislaturas, e membro da Câmara de Vereadores, militou no Partido Conservador,  sempre ao lado de Olímpio Campos, grande amigo e discípulo..
Como jornalista, militou no “Sergipe Jornal” (do qual foi redator) e no  “Estado de Sergipe”. Colaborou com “O Americano”, “Jornal do Comércio”, “Folha de Sergipe” e “Jornal de Aracaju”.
Era poeta e afeiçoado ao teatro. Escreveu diversas peças teatrais, e  um livro intitulado “Teatro Infantil”. Publicou vários trabalhos sobre o ensino primário. Um deles,  “Corografia de Sergipe”, tornou-se famoso e, ao que parece, está ainda inédito (corografia, no caso, é o estudo de uma determinada região).
Sua passagem pelo Atheneu Sergipense e pela Instrução Pública, foi de muita utilidade para o magistério  e a política.
Como educador, criou um colégio, situado na atual Praça Fausto Cardoso, chamado “Parthenon Sergipense” (ou “Parthenon Sergipano”?) onde, além de ensinar  as disciplinas do Curso de Humanidades, “dava aulas de gentileza”. Neste colégio, educou dezenas de jovens das principais famílias de Sergipe.
Fiel seguidor dos grandes educadores do século XIX, utilizava em suas aulas instrumentos didáticos e não didáticos, adotando um método avançado de ensino e aprendizagem. Um de seus alunos, Edilberto Campos, disse que Severiano Cardoso ensinava taboada  fazendo de conta que empilhava sacos de açúcar em um trapiche, e ensinava frações  utilizando casinhas de papelão e tubos de cartolina, de vários tamanhos.
Em busca de novas experiências educacionais, foi para Minas Gerais, assumir a direção do colégio “Parthenon Mineiro”, em Rio Novo. Depois de dois anos, voltou para Sergipe e fundou, em Estância, o “Colégio Minerva”, do qual foi proprietário e professor.
Em 1882, voltou ao “Atheneu Sergipense”,  a fim de ensinar Aritimética e Lógica.
Em 1900, foi nomeado professor estadual de Português,Aritmética e Francês, em Estância. Um ano depois, voltou para Aracaju para ensinar Matemática na Escola Normal.
Armindo Guaraná, em seu Dicionário Bio-Bliográfico Sergipano, afirma que Severiano Cardoso “foi um professor  competente e apaixonado pela Instrução” e que “não houve em seu tempo quem melhor soubesse difundir o ensino no espírito de seus jovens discípulos”. O mesmo disseram Acrísio Torres e o então presidente do Estado,  Manuel d` Araújo Góes.
Abalado com o assassinato de Olímpio Campos. Severiano Campos faleceu em Aracaju, no dia 2 de outubro de 1907.
 
FONTE:
Santos, Maria Fernanda dos – Severiano Cardoso e a Docência em Sergipe: No anoitecer do Século XIX. Disponível em http://periodicos.piodecimo.edu.br/online/index.php/praxis/article/viewFile/99/126. Acesso em 27 de fevereiro de 2015.
 




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