segunda-feira, 9 de março de 2015

53 - GONÇALO ROLLEMBERG LEITE


GONÇALO ROLLEMBERG LEITE
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Gonçalo Rollemberg Leite nasceu em Riachuelo em 14 de fevereiro de 1906, bacharelou-se em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, em 1927. Foi promotor público, advogado civil e penal com atuação no Tribunal do Juri, Procurador Geral do Estado em três períodos (1942/1951, 1964/1067 e 1970/1072). Foi professor de História no Atheneu Sergipense e em outros estabelecimentos de ensino secundário de Aracaju.
 Fundou, em 1950, com  Carvalho Neto, Cabral Machado, Álvaro Silva, Enock Santiago, Armando Leite Rollemberg, Afonso Moreira Temporal e Olavo Leite, a Faculdade de Direito de Sergipe. Proferiu a aula inaugural dos cursos jurídicos em Sergipe, no dia 15 de março de 1951, no salão nobre do Instituto Histórico e Geográfico, dia em que assumiu a vice-diretoria da mesma Faculdade e a cátedra de Direito Civil.
 Em 13 de janeiro de 1953, com a morte do desembargador Octávio de Souza Leite, assumiu a diretoria da Faculdade de Direito,  nela permanecendo até 1970.
 A ele devemos a federalização da Faculdade de Direito e sua incorporação à Universidade Federal de Sergipe (1987). A ele creditamos a criação da Revista da Faculdade de Direito (1953), bem como o Centro Acadêmico Sílvio Romero (1951), o jornal “Academus” (1951) e a Associação Atlética da Faculdade.
 Em sua gestão inúmeras figuras de destaque nacional proferiam aulas e fizeram conferências na Faculdade de Direito de Sergipe, tais como Hermes Lima, Gilberto Freire, Orlando Gomes, Miguel Reale. Como diretor, soube manter a autonomia universitária, reagindo com firmesa às interferência indevidas, durante os distúrbios que se seguiram à morte de Getúlio Vargas e durante a vigência do regime de exceção iniciado em março de 1964. Foi, também, catedrático da Faculdade Católica de Filosofia.
 Durante as gestões que precederam a criação da Universidade Federal de Sergipe, Gonçalo Rollemberg Leite teve uma participação importante, a favor de uma autarquia federal. Apesar do empenho, seu ponto de vista não prevaleceu.
 Como Procurador Geral do Estado e chefe do Ministério Público, manteve firmeza em suas decisões, segurança no em seu saber jurídico e civilidade em sua conduta.
 Como jornalista, foi fundador, diretor e redator principal do jornal “A República”, onde publicou editoriais e artigos bem fundamentados e concisos. Colaborou, também, em  outros jornais e revistas.
 Como intelectual, escreveu, as seguintes obras: A Árvore (1928). Raças (1937), A Graça e a Reabilitação (1942), Direito Civil (1959), João Ribeiro (1962), O Direito e as Letras (1968), Discurso de Posse na Academia Sergipana de Letras (1967), Expressão Cultural de Sergipe (1970). Pertenceu à Academia Sergipana de Letras, onde ocupou a cadeira 23, anteriormente ocupada por seu irmão Leite Neto.
Como professor, atingiu o ápice de sua vocação, revelando-se ao mesmo tempo mestre no Direito, e humanista
 Cercado do carinho da família e venerado por todo Sergipe, Gonçalo Rollemberg Leite faleceu em Aracau, em 17 de julho de 1977.

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