GONÇALO ROLLEMBERG LEITE
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Gonçalo Rollemberg Leite nasceu
em Riachuelo em 14 de fevereiro de 1906, bacharelou-se em Ciências Jurídicas pela
Faculdade de Direito de Minas Gerais, em 1927. Foi promotor público, advogado
civil e penal com atuação no Tribunal do Juri, Procurador Geral do Estado em
três períodos (1942/1951, 1964/1067 e 1970/1072). Foi professor de História no
Atheneu Sergipense e em outros estabelecimentos de ensino secundário de
Aracaju.
Fundou, em 1950, com Carvalho Neto, Cabral Machado, Álvaro Silva,
Enock Santiago, Armando Leite Rollemberg, Afonso Moreira Temporal e Olavo
Leite, a Faculdade de Direito de Sergipe. Proferiu a aula inaugural dos cursos
jurídicos em Sergipe, no dia 15 de março de 1951, no salão nobre do Instituto
Histórico e Geográfico, dia em que assumiu a vice-diretoria da mesma Faculdade
e a cátedra de Direito Civil.
Em 13 de janeiro de 1953, com a
morte do desembargador Octávio de Souza Leite, assumiu a diretoria da Faculdade
de Direito, nela permanecendo até 1970.
A ele devemos a federalização da
Faculdade de Direito e sua incorporação à Universidade Federal de Sergipe (1987).
A ele creditamos a criação da Revista da Faculdade de Direito (1953), bem como
o Centro Acadêmico Sílvio Romero (1951), o jornal “Academus” (1951) e a
Associação Atlética da Faculdade.
Em sua gestão inúmeras figuras de
destaque nacional proferiam aulas e fizeram conferências na Faculdade de
Direito de Sergipe, tais como Hermes Lima, Gilberto Freire, Orlando Gomes,
Miguel Reale. Como diretor, soube manter a autonomia universitária, reagindo
com firmesa às interferência indevidas, durante os distúrbios que se seguiram à
morte de Getúlio Vargas e durante a vigência do regime de exceção iniciado em
março de 1964. Foi, também, catedrático da Faculdade Católica de Filosofia.
Durante as gestões que precederam
a criação da Universidade Federal de Sergipe, Gonçalo Rollemberg Leite teve uma
participação importante, a favor de uma autarquia federal. Apesar do empenho, seu
ponto de vista não prevaleceu.
Como Procurador Geral do Estado e
chefe do Ministério Público, manteve firmeza em suas decisões, segurança no em
seu saber jurídico e civilidade em sua conduta.
Como jornalista, foi fundador,
diretor e redator principal do jornal “A República”, onde publicou editoriais e
artigos bem fundamentados e concisos. Colaborou, também, em outros jornais e revistas.
Como intelectual, escreveu, as
seguintes obras: A Árvore (1928). Raças (1937), A Graça e a Reabilitação
(1942), Direito Civil (1959), João Ribeiro (1962), O Direito e as Letras
(1968), Discurso de Posse na Academia Sergipana de Letras (1967), Expressão
Cultural de Sergipe (1970). Pertenceu à Academia Sergipana de Letras, onde
ocupou a cadeira 23, anteriormente ocupada por seu irmão Leite Neto.
Como professor, atingiu o ápice
de sua vocação, revelando-se ao mesmo tempo mestre no Direito, e humanista
Cercado do carinho da família e
venerado por todo Sergipe, Gonçalo Rollemberg Leite faleceu em Aracau, em 17 de
julho de 1977.
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