IVO DO PRADO
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Ivo do Prado Montes Pires de
França, mais conhecido como Ivo do Prado, militar, político e historiador
sergipano, nasceu em São Cristóvão, em 20 de maio de 1860, sendo seus pais o
tenente coronel honorário Deusdedit Pires da França e Ana Leonor do Prado Montes
da França.
Fez os primeiros estudos em sua
terra natal, e depois em Aracaju. Aos 15 anos, mudou-se para a
capital baiana onde permaneceu até 2 de janeiro de 1878. Nesta data seguiu para
o Rio Grande do Sul a fim de matricular-se na Escola de Cavalaria e Infantaria
daquela província. Alistou-se inicialmente no Primeiro Regimento de Artilharia
a Cavalo, em cuja unidade permaneceu durante alguns meses. No início de 1880,
ingressou na Escola de Cavalaria, onde fez o curso de cavalaria e infantaria,
concluindo-o em fins de 1883.
Em 8 de março de 1884, foi
nomeado alferes aluno e em 1885 voltou para Sergipe onde serviu na antiga
Companhia fixa da província, até o início de 1886.
Desejando continuar seus estudos,
matriculou-se na Escola Militar da Praia
Vermelha, no Rio de Janeiro, onde concluiu o curso de artilharia. Desligado em
1887, ingressou na antiga Escola Geral de Tiro, onde realizou o curso oferecido por esta Instituição militar. Em
1888, voltou à Escola Militar da Praia Vermelha onde fez o curso de Estado
Maior de 1ª classe. Desligado em 1889, passou a servir no 2º Regimento de
Artilharia de Campanha e nesta unidade participou da conspiração de
15 de novembro, que resultou na proclamação da República.
Em dezembro de 1889, o Governo
Provisório o colocou à disposição do Ministério do Interior e por este foi
nomeado auxiliar técnico do Governador de Sergipe. Ao chegar em Aracaju, foi designado para organizar e comandar o
Corpo Militar da Polícia do Estado.
Eleitoi deputado à
Constituinte da República, exerceu o mandato com dedicação e honradez,
de 1890 a 1894. De sua autoria foi
o discurso contra o marechal Deodoro da Fonseca e a eleição do
coronel Vicente Ribeiro para o cargo de governador de Sergipe. Posteriormente,
em 1821, foi eleito deputado federal.
Em 1895, foi nomeado professor e
chefe do ensino de artilharia na Escola de Sargentos, em Realengo, onde serviu
até 1897, quando foi extinta a referida Escola. Transferido para o Mato Grosso,
serviu no 2º Batalhão de Artilharia de Posição, comandou o forte de
Coimbra, montou o Laboratório Pirotécnico de Cuiabá e terminou comandando o
batalhão.
Em 1902, serviu na capital
federal e, no ano seguinte, voltou para o Mato Grosso, por força “dos boatos que
corriam sobre a provável invasão de Corumbá pelas forças do General Pando.
De Corumbá voltou para a capital
da República, onde foi confirmado no posto de major do Estado Maior de
Artilharia e chefe de gabinete da Intendência Geral do Ministério da Guerra,
assim permanecendo até 20 de novembro de 1906, quando foi nomeado assistente do
chefe do Estado Maior do Exército;
Em 1910 foi para os Estados
Unidos, em missão oficial do Exército e foi promovido a tenente coronel.
De 1912 a 1913, comandou o 19º
grupo de Artilaria de Montanha, sediado em Manáus e, interinamente, a 1ª Região
Militar. Neste mesmo ano foi promovido a coronel.
De 1913 a 1916, comandou o 2º
Regimento de Artilharia de Montanha, em Curitiba e de 1916 a 1918, foi chefe do
Estado Maior da 2ª. Região, que comandou interinamente por mais de uma vez. De
1918 a 1921 assumiu a chefia da 4ª Seção do Estado Maior do Exército.
Em 1919 foi delegado do Estado de
Sergipe, no Congresso de Geografia reunido em Belo Horizonte. Sua participação
neste congresso foi memorável dela resultando alentada memória sobre os limites
de Sergipe e a posição geográfica do Rio Real. Convertida em livro, intitulado
“A Capitania de Sergipe e suas Ouvidorias”,
é um trabalho historiográfico dede grande valor.
Em 1921 foi atingido pela
compulsória, no posto de general de divisão.
Ivo do Prado pertenceu a diversas
Instituições científicas e culturais e foi sócio do Instituto Histórico e
Geográfico de Sergipe.
É considerado um dos
proclamadores da República e defensor da autonomia dos pequenos Estados
no seio da Federação. Como jornalista, defendeu a regeneração dos costumes.
Positivista, defendeu seus princípios com altivez e combatividade.
Cercado pela admiração de seus
conterrâneos que residiam na capital da República, Ivo do Prado faleceu no Rio
de Janeiro, em 25 de abril de 1924; Suas exéquias foram uma glorificação
nacional.
FONTE:
------------------ Biografia de
Ivo do Prado- Blog da Ovelha. Disponível em http://ovelhaicm.blogspot.com.br/2012/03/filho-do-tenente-coronel-honorario.html.
Acesso em 28 de fevereiro de 2015.
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