SINFRÔNIO CARDOSO
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Sinfrônio Maurício de Azevedo
Cardoso, mais conhecido como Sinfrônio Cardoso, nasceu em 19 de outubro de
1850, em Estância, sendo seus pais Joaquim Maurício Cardoso (professor de
primeiras letras, de francês, de matemática e de geografia) e Joanna Baptista
de Azevedo. Todos os seus irmãos eram intelectuais: Brício Cardoso, Severiano
Maurício Cardoso, Melchisedek Mathusalem Cardoso, Manuel Maurício Cardoso,
Ignez de Azevedo Cardoso, Amélia Cardoso e Valeriana Cardoso. Sinfrônio era tio
de Maurício Gracho Cardoso, (filho de seu irmão Brício) e de Joaquim Maurício Cardoso (político,
advogado, professor universitário e governador do Rio Grande do Sul). Uma
família de privilegiados ...
Fez o curso de humanidades e os
dois primeiros anos de Teologia no Grand Séminaire d´Angers, na França (seu
irmão, Brício Cardoso patrocinou estes estudos).
Por motivo de saúde, teve de
abandonar sua formação na França e regressar ao Brasil, onde se dedicou ao magistério.
Mudou´se para Barbacena, onde ministrou
aulas particulares. Em 1880. Se tornou professor e diretor de uma escola
particular em Piedade, município Leopoldina Pouco depois, assumiu as cadeiras
de inglês e francês do Colégio Piedade, na mesma localidade. Em 1886, mudou-se
para São João Nepomuceno, exerceu o magistério secundário. Em 1801, foi
designado regente das aulas suplementares de francês, no Internato do Ginário
Nacional (ex-Colégio D. Pedro II), no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1889.
Em 1908, voltou para São João Nepomuceno, como professor do Grupo Escolar
Coronel José Braz, assim permanecendo até 1915.
Em São João Nepomuceno Sinfrônio gozou grande prestígio como cidadão,
intelectual, e educador. Além de possuir
formação exemplar, era poeta sóbrio, prosador inspirado, e orador excepcional. Todos reverenciavam sua
cultura sólida e variada, seu
discurso conceituoso, e sua prosa de
elevado valor literário.
Em 1918, foi nomeado diretor do
Grupo Escolar de Caratinga. Em 1919, foi
transferido para Campo Belo, onde foi
diretor do Grupo Escolar Cônego Ulises. Em 1921, mudou-se para a cidade de
Guarará, como diretor da Escola Ferreira Marques.
Homem de fé, colaborou com o
periódico “Lar Católico”, de Juiz de Fora, dirigido por Lindolfo Gomes. Este
periódico tinha como colaboradores, além
de Sinfrônio Cardoso, outros intelectuais de escol, como o conde Afonso Celso,
Cândido Figueiredo, Bernardo Aroeira, Brício Cardoso, e outros. Colaborou
também com a “Revista do Ensino Mineiro”.
Sinfrônio Cardoso, Constantino
José Gomes de Souza, Pedro Calasans, Bittencourt Sampaio, José Maria Gomes,
Elzeario Pinto, Eustaquio Pinto, Joaquim Esteves, Joaquim de Calasans,
Severiano Cardoso, Geminiano Paes, Eutichio Soledade e Leopoldo Amaral faziam
pare do primeiro dos quatro grupos de poetas sergipanos elencados por Sílvio
Romero.
Bibliografia:
- Noites do Seminário. (Livro de estréia, 187ndianas (1879).[]
- A Moça. Poemeto
- Louros Esparsos ((1890)
- A Descoberta do Brasil ( 5 volumes de poesias de 200 páginas cada um. 1 volume em francês).
- Carlos e Alice (1904)
- Traços biográficos do pianista brasileiro Frederico Malho. Rio de Janeiro (1906)
- Elegias (1910)
- Sonhos e Goivos
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