domingo, 8 de fevereiro de 2015

40- BENTO DE MELO PEREIRA

 
BENTO DE MELO PEREIRA
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Bento de Melo Pereira, 7º presidente de Sergipe, nasceu em Neópolis, em 1780, sendo seus pais Felipe de Melo Pereira e Rosa Maria do Espírito Santo..
Militar de formação, era Coronel quando foi nomeado presidente de Sergipe. Antes havia sido capitã-mor das ordenanças de Vila Nova (atual Neópolis), comandante das armas de Sergipe (1827-1829), comandante superior da Guarda Nacional da Comarca de Vila Nova (até 1833) e vice-presidente de Sergipe (1834). Combateu os movimentos de apoio à Revolução Pernambucana de 1817, nas cidades sergipanas situada à margem do Rio São Francisco.
Tomou posse em 9 de março de 1836, assim permanecendo até 12 de junho. Reassumiu em 8 de etembro de 1836, e continuou como presidente  até 19 de janeiro de 1837. Foi  vice-presidente da provínica nos anos de 1834, 1837, 1839 e 1842. Concorreu à vaga de Senador do Império, em 1838 e 1858, sendo preterido.
Era comendador da Imperial |Ordem do Cristo e oficial da  Ordem da Rosa. Por decreto de 25 de março de 1849, foi agraciado com título de Barão de Cotinguida.
Seu governo foi marcado por uma luta intestina que ocorreu nos meses de novembro e dezembro de 1836. Um  conflito armado, conhecido como “Revolta de Santo Amaro”. Este conflito envolveu os líderes do partido Conservador (legalista) e os líderes do partido Liberal, A razão foi a suposta falsificação das atas da eleição para deputado a Assembléia Legislativa, favorecendo o partido Conservador. O entrevero culminou com o cerco e assalto da cidade de Santo Amaro das Brotas. Sebastião Gaspar de Almeida Boto (lider Conservador, cunhado de Bento de Melo Pereira) e Antônio José da Silva Travassos (lider Liberal) anunciaram suas candidaturas às eleições de 1836. Durante a apuração, verificou-se expressiva maioria de votos em favor dos liberais. Faltava, apenas, a apuração de Lagarto. Diante do resultado, a comissão apuradora interrompeu a contagem e esperou “a demorada e supeita ata” das eleições de Lagarto. Uma vez recebida, a ata foi acusada de ter sido falsificada. Os liberais protestaram em frente ao palácio e exigiram a anulação do pleito. O, protesto foi ignorado por Bento de Melo Pereira.  Os liberais, inconformados, planejaram um movimento sedicioso com o objetivo de  depor o presidente e substituí-lo pelo seu 1º vice, Manoel Fernando de Barros, (que, embora sendo do paritdo liberal, não concordou). Os rebeldes se concentraram em Santo Amaro das Brotas, de onde sairam, no dia 1º de novembro de 1836, para assaltar o Quartel do Destacamanto de Aracaju e o Quartel de Laranjeiras, roubando armas e munições. Pouco depois, no dia 15 de novembro, assaltaram o Quartel da vila de Capela, sem sucesso.
Bento de Melo requisitou a  Guarda Nacional e a Polícia, mas não encontrou apoio,Apelou para o presidente da Bahia, que enviou 50 praças, 100 armas, 20 barris de pólvora, 4.000 cartuchos e uma peça de artilharia com a respectiva guarnição. Fortalecido, reuniu 400 homens e duas peças de artilharia, e atacou a vila de Rosário do Catete, a fim de capturar o lider conservador, Sebastião Boto. Boto  bateu em retirada e seus comandados voltaram para Santo Amaro. Arregimentaram novos adeptos e reuniram mais de 600 homens bem armados. As forças de Bento de Mello, com mais de 1000 homens e algumas peças de artilharia, marcharam sobre Laranjeiras onde parlamentaram com os revoltosos. Da mediação resultou o compromisso dos insurrectos de depor as armas se o presidente reconhecesse a falcidade da ata de Lagarto e promovesse nova apuração. Os rebeldes voltaram a Santo Amaro mas, pouco depois, foram acusados de romper o pacto. Na versão dos governistas, os revoltosos estavam reunido mais de 100 homens com o objetivo de assaltar a vila de Maruim e roubarem o armamento cedido pela Bahia. O governo provincial continuou a armar-se. Em meados de dezembro cercou Santo Amaro e, depois de breve confronto, os insurrectos se renderam. Houve saque do comércio e das casas residencias. Os feridos foram presos e, em alguns casos, mortos.. Os lideres liberais fugiram e buscaram asilo em outras províncias.
Bento de Melo voltou a pedir auxílio ao presidente da Bahia que mandou 100 praças, 2 peças de artilharia e 1 barca de guerra. Recrutou nova força e voltou a atacar Santo Amaro, dizimando os rebeldes. O entrvero persistiu, em parte pela manutenção do resultado das eleições, em parte pelo empenho dos conservadoes em punir seus opositores asilados em Alagoas.
O Governo Imperial foi obrigado a intervir, pois a situação da província era insustentável. Bento de Mello foi afastado da presidência e as eleições foram anuladas. A lei de anistia, de 25 de fevereiro de 1837, suspendeu os processos e condenações contra os revolosos, com exceção, apenas, dos líderes da revolta.
Bento de Melo deixou o governo em 19 de janeiro de 1837 e faleceu em Neópolis, no dia 23 de setembro de 1866.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Um comentário:

  1. boa noite
    amigo parabéns pelo belo trabalho de pesquisa, como historiador sinto falta de informação de suas fontes e autoria dos textos, no mais, esta de parabéns

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