LARANJEIRAS, CIDADE HISTÓRICA
Jose_Martins_Fontes
José Martins Fontes, vice-presidente
de Sergipe, por carta imperial de 30 de novembro de 1876, assumiu a presidência,interinamente, duas vezes, em 1877 (precidido por João Ferreira de Araújo Pinho
e sucedido por Antônio Francisco Correia de Araújo) e em 1878 (precido por Antônio
Francisco Correia de Araújo e sucedido por Francisco Ildefonso Ribeiro de
Meneses).
Não deve ser confundido com seu
homônimo, José Martins Fontes, conhecido como “Dr. Pintassilgo”, médic e poeta,
nascido em Santos, em 23 de junho de 1884, ,filho do dr. Silvério Martins Fontes e Isabel Martins
Fontes.
José Martins Fontes, o político,
prestou juramento do cargo de vice-presidente, no dia 9 de janeiro de 1877. No dia seguinte assumiu a presidência, pelo fato do presidente efetivo, Dr. João
Ferreira de Araújo Pinho, ter de ausentar-se para tratamento de saúde, na Bahia.
As condições de Sergipe, naquela
época, estão retratadas na Mensagem que enviou à Assembleia Legislativa
Provincial. As doenças mais comuns eram as febres intermitentes, o
paludismo, febres perniciosas, pneumonia, bronquite, tuberculose pulmonar,
hepatite e varicela.Algumas pessoas que adquiriram varíola na Bahia, faleceram
em São Cristóvão. Um navio procedente do Rio de Janeiro, trouxe dois
tripulantes com febre amarela, que foram tratados, sem maiores consequências
para a Saúde Pública local.
A Segurança Pública não oferecia grande
preocupação. Com exceção das cadeias de São Cristóvão e de Lagarto (de recente
edificação) as situadas em Aracaju, Estância, Itabaianinha, Propriá, Capela e Vila Nova. eram
antigas e apresntavam péssimo estado de conservação. Nelas, disse o presidente
José Martins Fones, “não se respeitava os principios humanitários, as
recomendações da higiene, nem a possibilidade de regeneração dos criminosos Todas
eram pequenas e não acomodavam o grande número de presos. Quem visita a cadeia
da Capital entra em uma atmosfera pútrida que atordoa, e assiste a uma sena
repelente e contristadora. Nudez e imundicie, rostos pálidos, corpos
cadavéricos, desordem e confusão por toda parte: eis o que vê, eis o que ouve
quem tem o dever, ou a curiosidade de visitar a cadeia da Capital.” O governo
da província não tinha o recurso necessário.. A preocupação do presidente era a
de melhorar as condições das cadeias. Em certa altura de sua Menwt3m, afirma
que “os presos precisam trabalhar, porque o homem que trabalha encontra nas fadigas do corpo o adormecimento
das tempestades da consciência. Trabalhar é caminhar para Deus, trablhar é o
modo mais sublime de orar. Quem ora eleva-se;. e o homem que.moralmente se
eleva, se é criminoso, regnera-se. se é inocente, sublima-se”.
De 22 de maio de 1876 a 22 de
fevereiro de 1877, foram presos 129 criminosos,
Sergipe estava dividido em 11
comarcas. Com exceção de Estância, Laranjeiras e Itabianinha (nesta última, o juiz
era o Dr. José Matins Fontes,, que dela se licenciou para ocupar a presidência),
todas dispunham de um juiz de direito efetivo. Os Ternis eram 23. Destes,
18 tinham juizes municipais formados em
direito; nos outros Termos funcionam juizes municipais suplentes. Todas as
comarcas tinham promotores públicos, formados em direito.
O efetivo da Força Policial era de
398 homens, dos quais 70 soldados e 1 cirurgião não estavam engajados. Toda estavam
fardados, armados e equipados
A economia da província baseavs-se
no cultivo da cna e no fabrico do açucar. O algodão vinha em segundo lugar.
A barra do Cotinguiba era a mais
frequentada por navios nacionais e estrangeiros. A do Rio Real era a segunda em
importância e a do Rio São Francisco vinha em seguida.
Ignoramos a data do falecimento do Dr. José Martins Fontes.
I
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