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Augusto César Macieira de Andrade
nasceu em 3 de março de 1954, em Aracaju, sendo seus pais Walter de Araújo
Andrade e Altair de Siqueira Macieira.
Sua mãe, pianista de escol e
pessoa muito conhecida, foi sub-coordenadora do antigo Instituto Nacional de
Previdência Social. Seu pai, amante da música e cinéfilo apaixonado, colocou
seu filho no caminho do cinema e do teatro.
Em 1959, Augusto César iniciou os
primeiros estudos no Colégio Salvador, um dos estabelecimentos de ensino mais
conceituados de Sergipe.
Em 1968, concluiu o estudo de humanidades no Atheneu Sergipense
e, chegado o momento de realizar o
concurso vestibular, abandonou o sonho de realizar o curso de cinema na Universidade
de São Paulo, e seguiu o conselho paterno, optando pela Medicina. Assim, em
1972, ingressou na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal de
Sergipe, pela qual foi graduado em 26 de dezembro de 1980. Especializou-se em
Ginecologia e Obstetrícia e exerceu a especialidade, inicialmente no Hospital
de Cirurgia (em Aracaju) e, depois, no Hospital Pedro Ernesto (no Rio de
Janeiro).
“Eu botei muita gente no mundo. É
uma sensação incrível aquela de pegar
uma criança, trazer uma vida nova para o mundo”, dizia Augusto César aos
amigos.
Apesar do entusiasmo, não
resistiu ao sonho da infância: deixou a Obstetrícia e se dedicou ao cinema e ao
teatro. Na verdade, ele começou a fazer cinema aos 14 anos de idade, quando
utilizou uma filmadora oferecida pelo seu pai. Depois, em 1972, por ocasião do
Primeiro Festival Nacional de Cinema Amador, promovido pela Universidade
Federal de Sergipe, conquistou o terceiro lugar com um desenho animado de sua
autoria. No Segundo Festival, no ano seguinte, ganhou o primeiro lugar com o
filme “Muié Rendeira”. A partir deste sucesso sua produção cinematográfica se
tornou exuberante, chegando a corresponder a cerca de noventa por cento de toda
atividade cinematográfica de Sergipe. Inúmeros foram os prêmios e troféus que
conquistou.
No teatro sua carreira foi
igualmente brilhante. Na década de 70 produziu várias peças teatrais no Rio de
Janeiro, onde passou a residir.
Em 1980, tornou-se o primeiro
sergipano a ter registro profissional no Sindicato dos Artistas e Técnicos em
Espetáculos de Diversões Públicas do Rio de Janeiro.
Em 1983, a convite de Paulo
Resende, produtor do “Sítio do Picapau Amarelo”, da Rede Globo, desempenhou o
papel do personagem “Dr. Caramujo”. Logo depois, representou os papeis de “Bagre
Mordomo” e “Jaboti”.
Participou de vários
documentários, novelas e programas da Rede Globo e da Rede Manchete (“Caso
Verdade”, “Um Infinito Amor”, “Partido Alto”, “Irmãos Coragem”, “Linha Direta”,
“Louco Amor”, “Corpo Santo”, e outros).
Regressando a Sergipe, dirigiu o
Teatro Atheneu e lutou pelo engrandecimento artístico do Estado.
Santos, Osmário – Augusto César
Macieira de Andrade. Aracaju, 2002.
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