SILVIO ROMERO
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Sílvio Vasconcelos
da Silva Ramos Romero, mais conhecido como Sílvio
Romero, advogado, jornalista, crítico literário, ensaista, poeta, historiador,
filósofo, cientista político, sociólogo, escritor e professor, nasceu no dia 21
de abril de 1851, em Lagarto.
Concluídos os primeiros estudos
em Sergipe, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, sendo por ela
diplomado em 1873. Foi contemporâneo de Tobias Barreto e de Castro Alves e,
ainda estudante de direito, colaborou em 1870, como crítico literário, em
vários periódicos de Pernambuco e do Rio de Janeiro.
Em 1875, foi eleito deputado
provincial por Estância. Radicado no Rio de Janeiro, notabilizou-se como crítico literário e publicou, em 1878, seus
dois primeiros livros, “A Filosofia no Brasil” e “Cantos do Fim do Século”. No
primeiro, questionou o meio acadêmico, e
o intelectual, da capital do Império, criticou as correntes filosóficas em
curso no país e exaltou as qualidades morais e intelectuais de Tobias Barreto,
que ele considerava seu mestre e paradigma.
De 1881 a 1910, ensinou Filosofia
no Colégio Pedro II e em 1883 visitou Lisboa e publicou mais três livros,
“História Econômica Brasileira”, “O elemento popular na literatura do Brasil” e
“Cantos populares do Brasil”. Em 1888, publicou “A História da Literatura
Brasileira”, em dois volumes. Em 1891, escreveu vários artigos sobre ensino
para o jornal “Diário de Notícias”, dirigido por Rui Barbosa e foi nomeado
membro do Conselho de Instrução Superior. Em 1897, fundou, com outros
intelectuais, a Academia Brasileira de Letras.
Entre os anos de 1900 e 1902,
voltou à vida pública: foi eleito deputado federal e colaborou na elaboração do
Código Civil, na função de relator geral.
Em 1911 e 1912, residiu em Juiz
de Fora, onde participou da vida intelectual da cidade, publicou poemas e
artigos, prefaciou livros, proferiu discursos e lecionou em estabelecimentos de
ensino.
A obra de Sílvio Romero caracteriza-se pelo embate e pela polêmica,
tanto na crítica literária quanto na poesia, tanto na teoria e na história
literária quanto no folclore, tanto na etnografia quanto nos estudos políticos
e sociológicos. “Em mim – disse ele – o caso literário é complicadíssimo e anda
tão misturado com situações críticas, filosóficas, científicas e até
religiosas, que nunca o pude delas separar”. Uma de sua polêmicas mais famosas
foi a que manteve com o Conselheiro Lafayete Rodrigues Pereira quando da
publicação do livro de Sílvio Romero sobre Machado de Assis, em 1897. Outras
polêmicas dignas de nota foram as que manteve com José Veríssimo (em defesa de
Tobias Barreto) e Teófilo Braga (sobrle questiúnculas ligadas à publicação de
livros de sua autoria).
Apesar de ser ardoroso admirador
de Tobias Barreto, combateu veementemente a migração alemã, considerando-a
altamente danosa para o Brasil.
Sílvio Romero faleceu em 18 de
junho de 1914, no Rio de Janeiro. Na Academia B4rasileira de Letras ocupou a
Cadeira 17 que tem como patrono Hipólito da Costa.
Sua bibliografia, muito extensa,
contem 69 publicações, sendo 26 sobre Filosofia, Política e Sociologia, 34 estudos literários, 2 livros de poesia, e 7 de História.
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