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Jackson de Figueiredo Martins,
mais conhecido como Jackson de Figueiredo, advogado, ensaísta, filósofo e
político sergipano, nasceu em 9 de outubro de 1891, em Aracaju.
Em Aracaju e Maceió aprendeu as
primeiras letras e viveu a infância de menino irrequieto e inteligente. Aos
nove anos compunha pequenas cantigas, se
dedicava à leitura e escrevia versos. Aos 17 anos, publicou “Bater de Asas”,
seu livro de estréia. Aos 19, publicou “Zíngaro”, volume de poesia, escrito em
poucos meses (de janeiro a agosto de 1910).
Concluídos os preparatórios,
ingressou na Faculdade Livre de Direito, na capital baiana. Na cidade do
Salvador, afirma Tasso da Silveira, “se entregou a uma boemia estonteadora:
tinha companheiros de todos os feitios, inclusive verdadeiros valentões de má
fama. Sabia escolhe-los para cada ocasião. Ora era em doidas corridas de
automóvel, levando o assombro e o terror aos pacatos moradores dos subúrbios,
em companhia de um Sr. Pedreira, rapaz rico, inteligente e forte que o
idolatrava, e muitos outros; ora, envolvendo-se em distúrbios em cafés e
confeitarias, em parceria com a estudantada de sua escola, em que entravam em
jogo chicotadas, copos, garrafas, cadeiras, etc; outras vezes, metido em
conflitos sérios em cinemas e teatros, donde algumas vezes saia ferido, e feria
outros, sempre à frente, sempre com voz de comando. Jackson nasceu para
comandar..”. “De uma feita – acrescenta a mesma fonte – no Politeama Baiano,
promovendo os estudantes uma vaia a certo ator ou atriz, desenvolvera-se grande
assuada, sendo provocada a intervenção da polícia. Jackson dispôs a rapaziada
em ordem de combate e enfrentou a milícia baiana, travando-se renhida luta na
qual ele foi ferido em um olho. Parece-me que desta feita foi que ele, à frente
dos colegas, dirigiu-se para a casa do Chefe de Polícia. Detendo-o no seu
próprio domicílio como prisioneiro”.
Em 1912, aos 21 anos, publicou um
ensaio sobre Xavier Marques e, dois anos depois, publicou outro, sobre Garcia
Rosa.
No início de sua carreira,
Jackson foi ferrenho defensor do anti-clericalismo, mas, sob a influência de
Pascal, Tasso da Silveira e Alceu Amoroso Lima, converteu-se, em 1918, ao
catolicismo. Organizou um movimento leigo, constituído pelas classes cultas,
dedicado à difusão dos princípios da Igreja.
Em 1921 e 1922, fundou o Centro
Dom Vital e a revista “A Ordem”, através do quais liderou a luta contra o
comunismo e o liberalismo. “Troquei toda a veleidade de construir por mim só,
ou com a ajuda deste ou daquele grande espírito, uma filosofia de ação. Preferi
ser o humilde soldado que sou da Igreja Católica, e me sinto tão orgulhoso
disto como se fora um rei”.
Combateu o tenentismo, aliando-se
a Arthur Bernardes na repressão do que seria, pouco depois, a “Revolução de 30”.
Escreveu inúmeros artigos e fez diversos discursos, colocando seu talento a
serviço da ordem pública e do civismo. A documentação referente a este período
de sua vida encontra-se registrada em três livros intitulados “A Reação do Bom
Senso”, “A Coluna de Fogo” e “Afirmações”.
Diz Alfredo Bossi que “a humanidade
e o estilo vigoroso garantiram a Jackson de Figueiredo um lugar entre nosso
grandes pensadores”.
De sua rica bibliografia,
destacamos, além das obras citadas,
outras, a saber: Algumas Reflexões sobre a Filosofia
de Farias Brito (1916), A Questão Social na Filosofia de
Fa arias Brito (1919), Do Nacionalismo na hora presente
(1921), Pascal e a Inquisição Moderna
(1924), Aevan (romance póstomo, 1932), Correspondência (obra póstuma,
1946)
Jackson de Figueiredo teve morte
trágica, por afogamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 4 de novembro
de 1928.
Morreu ainda jovem, com, apenas,
37 anos de idade.
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