terça-feira, 13 de janeiro de 2015

26- ABDIAS BEZERRA


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Abdias Bezerra nasceu na vila de Siriri, hoje município, em 7 de setembro de 1880, sendo seus pais o professor João Amando Bezerra e Hermínia Rosa Bezerra.

Fez os estudos iniciais em Siriri, Itabaiana e Japaratuba e os subsequentes no Atheneu Sergipense. Desejando seguir a carreira militar, matriculou-se, em março de 1900, na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, onde concluiu o curso secundário e fez o primeiro ano do curso superior.  Tendo participado da revolta de novembro de 1904, foi desligado da Escola Militar. A revolta, chamada “Revolta da Vacina”, foi um movimento popular, ocorrido no Rio de Janeiro, contra a vacinação obrigatória imposta pelo governo federal.

Regressando a Sergipe, dedicou-se ao magistério particular, lecionando diversas matérias. Aberta a disputa para preenchimento da cadeira de francês do Atheneu Sergipense, submeteu-se ao concurso. Aprovado, tomou posse em 28 de maio de 1909, durante o governo de Rodrigues Dória.

Sua carreira no magistério público e particular foi meteórica. Ensinou francês, aritmética, álgebra, português, geometria e trigonometria no Atheneu Sergipense, na Escola Normal, no Ginásio  Tobias Barreto e em outros colégios particulares da capital.

Em 3 de novembro de 1922 foi nomeado Diretor do Atheneu Sergipense e a 10 de abril de 1923, diretor interino do curso comercial da Escola Conselheiro Orlando. Em 24 de maio de 1923, foi nomeado diretor da Instrução Pública do Estado. No exercício deste cargo foi comissionado para visitar São Paulo e observar  o moderno processo de ensino postos  em prática naquele Estado. Ao regressar, comandou a reforma do ensino implementada no governo Craccho Cardoso. O novo Regulamento, editado em 11 de março de 1924, alterou profundamente os programas e a prática da aprendizagem dos cursos primário, elementar e superior em   Sergipe.

O professor Abdias Bezerra faleceu em 14 de junho de 1944. Seu sepultamento foi um acontecimento que marcou para sempre a vida da capital sergipana. O féretro saiu da casa de seu filho, professor Felte Bezerra (onde foi velado), e se dirigiu ao Cemitério Santa Isabel. Todo o percurso foi feito a pé, por uma grande multidão, acompanhada por personalidades políticas e  estudantes dos principais colégios e escolas. O cortejo formou duas alas que se estenderam por várias ruas. Atrás dessa multidão, seguiu-se um grande acompanhamento de automóveis, bandas de música (que tocavam marchas fúnebres), bondes e ônibus (repletos de amigos, ex-alunos e admiradores). À beira do túmulo discursaram o interventor substituto, Francisco Leite Neto; o representante da Escola Normal, professor José Calasans Brandão; o representante do Colégio Estadual de Sergipe, professor Franco Freire; o representante do Ginásio Tobias Barreto, professor João de Araújo Monteiro; o jornalista Freire Ribeiro; o representante do corpo discente do Atheneu Sergipense,  Clodomir Silva; o representante da Maçonaria, José Felizola; o representante da classe operária, João Vieira de Aquino; o ex-aluno José de Matos Teles; e o diretor do Departamento de Educação, professor Acrísio Cruz.

“As viagens de estudo, como a realizada por Abdias Bezerra, e a “importação” de técnicos, constituíram estratégia importante para a política de reforma do ensino em Sergipe”, afirma Jorge Carvalho do Nascimento. O mesmo ocorreu no Ceará, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
 
 
 
 
 



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