quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

22- JOÃO RIBEIRO


JOÃO RIBEIRO
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João Ribeiro de Andrade Fernandes, mais conhecido como João Ribeiro, jornalista, crítico, filósofo, historiador, e tradutor, nasceu em Laranjeiras, em 24 de junho de 1860, sendo seus pais Manuel Joaquim Fernandes e Guilhermina Ribeiro Fernandes.
Órfão de pai muito cedo, foi residir em casa de seu avô, Joaquim José Ribeiro, homem de vasta cultura, amante das letras, que o educou e inculcou o gosto pela leitura e o amor pelos livros, pela música e pela pintura.
Concluídos os primeiros estudos em Laranjeiras, transferiu-se para Aracaju onde foi o primeiro aluno de sua classe, no Atheneu Sergipense. Terminados os preparatórios, mudou-se para Salvador, onde ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia. Constatado que não tinha vocação pela medicina, abandonou o curso no primeiro ano,  e seguiu para o Rio de Janeiro  a fim de matricular-se na Escola Politecnica e estudar pintura, música, literatura e filologia.
Dedicou-se ao jornalismo e ao magistério particular. Em 1881, começou a trabalhar no jornal “O Globo” que então se inaugurava sob a direção de Quintino Bocaiuva.  Nesta ocasião, mostrou seus versos a Sílvio Romero, que publicou sobre eles um artigo elogioso. Embora sensibilizado, João Ribeiro não os editou. Preferiu continuar escrevendo. Além de “O Globo”, trabalhou em outros jornais, nos quais usou diversos pseudônimos. No “Correio do Povo”,  manteve uma coluna, denominada “Através da Semana”. Militou também em outros jornais,  publicando  crônicas, ensaios e criticas, como ocorreu no “Jornal do Comércio” e no “O Dia”, de São Paulo e no “Jornal do Brasil”, do Rio de Janeiro.
Em 1885, prestou concurso para a secretaria da Biblioteca Nacional, classificando-se em primeiro lugar. Dois anos depois, submeteu-se ao concurso para a cátedra de português do Colégio Pedro II. Embora aprovado, só foi nomeado três anos depois, para a cadeira de História Universal e do Brasil. Ensinou, também, na Escola Dramática do Distrito Federal.
Em 1895, realizou sua primeira viagem à Europa,  na qualidade de representante do Brasil no Congresso de Propriedade Literária, realizado em Dresden, na Alemanha. No ano seguinte, participou do Congresso de Catálogo das Ciências, promovido pela Real Society, em Londres. Em 1901, voltou ao Velho Continente, como assessor da delegação encarregada das negociações do litígio anglo-brasileiro sobre a Guiana Inglesa. Em 1914, fez sua última viagem ao Velho Continente, pretendendo  fixar residência na Suiça. Para este intento, vendeu em leilão sua biblioteca e tudo o que possuía. A tentativa foi malograda em virtude do início ao início da Primeira Grande Guerra e assim sendo, voltou para o Brasil.
Sua atividade intelectual inclui obras de Filologia e História, gramáticas, contos e ensaios, antologias e compêndios didáticos. Múcio Leão reuniu 57 obras, das quais destacamos:
  •  Seleta Clássica 
  • História do Brasil
  • Estudos Filológicos
  • Dicionário Gramatical
  • Frases Feitas 
  • Curiosidades Verbais
  • A Língua Nacional
  • Páginas de Estética
  • O Fabordão
  • Notas de um Estudante
  • Comeia 
  • Cartas Devolvidas
  • O Folclore, Estudos de Literatura Popular
  • Floresta de Exemplos
  • Coração (Tradução do original de Edmondo De Amicis)
 
 Em 1898, ingressou na Academia Brasileira de Letras, onde foi recebido por José Veríssimo. Na Academia, fez parte de várias comissões e foi eleito presidente, cargo que não aceitou.
João Ribeito era detentor de larga cultura humanística e considerado grande conhecedor dos clássicos.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de abril de 1934.
 






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