CLODOALDO DE ALENCAR
=Clodoaldo+de+Alencar
Clodoaldo de Alencar, advogado
provisionado, jornalista, cronista e poeta, nasceu no Quixadá, Ceará, em 2 de
agosto de 1903, sendo seus pais Cláudio Gomes e Maria Gomes de Alencar. Era
cearense por nascimento, e sergipano por adoção.
É descendente direto do escritor
José de Alencar, e do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. A propósito
deste último parente, relata seu filho, Clodoaldo de Alencar Filho: “Quando o Presidente
Castelo Branco visitou Sergipe, o Deputado Federal José Carlos Teixeira levou
meu pai ao Palácio Olímpio Campos. Ele conversou com o Presidente e voltou
feliz para casa porque teve a oportunidade e relembrar as coisas de sua infância
no Ceará...”
Clodoaldo de Alencar chegou em Sergipe pelas
mãos do Presidente Gracho Cardoso e se estabeleceu em Estância, onde contraiu
matrimônio com Eurydice Fontes, filha do Dr. Jessé Fontes, médico radicado naquela cidade.
Colaborou em jornais de Aracaju (“Correio
de Aracaju”, “Sergipe Jornal”) e de Estância (“A Estância”, “A Voz do Povo”, “A
Razão”) e pertenceu à Academia Sergipana de Letras, onde ocupou a cadeira
número 34 que tem como Patrono Manuel Ladislau de Aranha Dantas. Suas principais obras são “Archotes”,
“Orós” e “Os Mais Belos Trofeus de Herida”. Abaixo transcrevemos um dos sonetos
mais belos do livro “Orós”
ÊXTASE:
“Olhas-me, assim, tão dentro da
retina,
com tanto afeto, com meiguice
tanta
que o próprio coração se me
quebranta
e a alma se eleva à placidez
divina.
Que torpor indizível nos domina!
Quanta doçura nos teus olhos! Quanta!
As palavras sucumbem, na
garganta,
Como gorjeios de aves em
surdina...
O próprio vento, muito de
mansinho,
para não perturbar nossa
quietude,
oscula-te o cabelo em
desalinho...
Sinto, então, meu amor, em tais
instantes,
Que o mundo é belo em toda a
plenitude,
no milagre dos olhos dos amantes!”
Por ocasião do centenário de
nascimento de Clodoaldo de Alencar, seu livro “Orós” ganhou uma edição comemorativa.
As ilustrações e a capa foram desenhadas por um de seus filhos, Leonardo de
Alencar. As orelhas, por outro filho, Humberto de Alencar. A Apresentação é de
José Anderson Nascimento, Presidente da Academia Sergipana de Letras.
Clodoaldo de Alencar faleceu em 9
de agosto de 1977, aos 74 anos de idade.
Uma praça de Aracaju, no
bairro do Grageru, tem o nome de Clodoaldo de Alencar. Uma Escola Estadual,
situada no bairro Cidade Nova, tem o mesmo nome.
FONTE BIBLIOGRÁFICA
Alencar Filho, Clodoaldo de – Clodoaldo de Alencar. Disponível em clodoaldoalencar.blogspot.com.br. Acesso em 18 de maio de 2015.
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