segunda-feira, 18 de maio de 2015

66- CLODOALDO DE ALENCAR


CLODOALDO DE ALENCAR

=Clodoaldo+de+Alencar

Livro Orôs Clodoaldo de Alencar

Clodoaldo de Alencar,  advogado provisionado, jornalista, cronista e poeta, nasceu no Quixadá, Ceará, em 2 de agosto de 1903, sendo seus pais Cláudio Gomes e Maria Gomes de Alencar. Era cearense por nascimento, e sergipano por adoção.
É descendente direto do escritor José de Alencar, e do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. A propósito deste último parente, relata seu filho, Clodoaldo de Alencar Filho: “Quando o Presidente Castelo Branco visitou Sergipe, o Deputado Federal José Carlos Teixeira levou meu pai ao Palácio Olímpio Campos. Ele conversou com o Presidente e voltou feliz para casa porque teve a oportunidade e relembrar as coisas de sua infância no Ceará...”
Clodoaldo de Alencar chegou em Sergipe pelas mãos do Presidente Gracho Cardoso e se estabeleceu em Estância, onde contraiu matrimônio com Eurydice Fontes, filha do Dr. Jessé Fontes,  médico radicado naquela cidade.
Colaborou em jornais de Aracaju (“Correio de Aracaju”, “Sergipe Jornal”) e de Estância (“A Estância”, “A Voz do Povo”, “A Razão”) e pertenceu à Academia Sergipana de Letras, onde ocupou a cadeira número 34 que tem como Patrono Manuel Ladislau de Aranha Dantas. Suas principais obras são “Archotes”, “Orós” e “Os Mais Belos Trofeus de Herida”. Abaixo transcrevemos um dos sonetos mais belos do livro “Orós”

  
 ÊXTASE:
“Olhas-me, assim, tão dentro da retina,
com tanto afeto, com meiguice tanta
que o próprio coração se me quebranta
e a alma se eleva à placidez divina.
Que torpor indizível nos domina!
Quanta doçura nos teus olhos! Quanta!
As palavras sucumbem, na garganta,
Como gorjeios de aves em surdina...

O próprio vento, muito de mansinho,
para não perturbar nossa quietude,
oscula-te o cabelo em desalinho...
Sinto, então, meu amor, em tais instantes,
Que o mundo é belo em toda a plenitude,
no milagre dos olhos dos amantes!”
Por ocasião do centenário de nascimento de Clodoaldo de Alencar, seu livro “Orós” ganhou uma edição comemorativa. As ilustrações e a capa foram desenhadas por um de seus filhos, Leonardo de Alencar. As orelhas, por outro filho, Humberto de Alencar. A Apresentação é de José Anderson Nascimento, Presidente da Academia Sergipana de Letras.
Clodoaldo de Alencar faleceu em 9 de agosto de 1977, aos 74 anos de idade.
Uma praça de Aracaju, no bairro do Grageru, tem o nome de Clodoaldo de Alencar. Uma Escola Estadual, situada no bairro Cidade Nova, tem o mesmo nome.

 
FONTE BIBLIOGRÁFICA

Alencar Filho, Clodoaldo de – Clodoaldo de Alencar. Disponível em clodoaldoalencar.blogspot.com.br. Acesso em 18 de maio de 2015.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



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