sexta-feira, 29 de maio de 2015

67- FAMILIA ALENCAR


LEONEL DE ALENCAR REGO E FAMÍLIA

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A família Alencar tem raizes na Índia, Espanha e  Itália mas o ramo brasileiro tem origem em Alenquer, cidade mediaval do Condado Portugalense. O primeiro Alencar  chegou  no Brasil em meados do século XVII. Chamava-se Leonel, morador de São Martinho de Arrueira,  no arcebispado de Braga. Chegou em companhia de dois  irmãos, Alexandre e João Francisco. Depois de estabelecido,  voltou para Portugal e trouxe uma irmã de nome Maria, que se casou com Valério Coelho Rodrigues.
“Leonel de  Alencar  foi um desses homens, talhados para as árduas lutas dos árduos sertões. (1). Fundou as fazendas Várzea Grande e Caiçara, nas margens do rio Brígida, onde criou bois e vacas.  O rio Brígida  nasce no município de Exu, no sertão de Pernambuco e, deságua no São Francisco, depois de im percurso de 160 km.
A família Alencar se espalhou por todo o Brasil. Alguns membros desta clã são importantes. Como exemplos, citamos;  Bárbara Pereira de Alencar, Tristão Gonçalves de Alencar e José Martiniano de Alencar, heróis da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador, de 1824; Brígida de Alencar, protetora dos índios cariris  e das populações indígenas  de Exu e redondezas; senador José Martiniano de Alencar,  presidente do Ceará;  José Martiniano de Alencar (mais conhecido como José de Alencar), jornalista, advogado e escritor, autor de  “O Guarani”, “Lucíola” e outros romances famosos; Leonel Martiniano de Alencar, aristocrata do Império e  importante  diplomacia brasileiro. Igualmente célebres  são Marcelo Nunes de Alencar (prefeito do Rio de Janeiro e governador do estado); Miguel Arraes de Alencar (prefeito de Recife e governador de Pernambuco), Humberto de Alencar Castelo Branco (presidente do Brasil), Eduardo Campos (governador de Pernambuco e candidato a presidência da  República) e Rachel de Queiroz (professora primária, autora  de “Os Quinze”, “João Miguel”, “Caminho de Pedras”, “Dora, Doralina” e outros livros famosos). A bisavó de Rachel de Queiroz era prima, pelo lado materno, de José de Alencar.
O patriarca da família  Alencar em Sergipe  é o poeta, advogado provisionado e jornalista Clodoaldo de Alencar, nascido em Orós (Ceará) que  chegou pelas mãos de Gracho Cardoso, em 1922. Estabeleceu-se em Estância, onde contraiu matrimônio com Eurydice, filha do médico Jessé Fontes. O casal, além de Iracema e José Geraldo (precocemente falecidos), e Jessé-Claudio (renomado advogado residente no Rio de Janeiro), o casal teve os seguintes filhos

1-CLODOALDO DE ALENCAR FILHO
Poeta, jornalista, teatrólogo e professor universitário, nascido em Estância no dia 27 de setembro de 1912. Graduado em Letras=pela Universidade Federal de Sergipe, membro titular da Academia Sergipana de Letras e Reitor da UFS. Em seu reitorado criou os cursos de bacharelado em Informática, Engenharia Agronômica, Psicologia, Ciências Sociais, Comunicação Social, Jornalismo, Artes e Educação.. Ampliou o acervo bibliográfico, criou o Núcleo de Assuntos Internacionais e promoveu a transferência do Hospital de Cirurgia para o Hospital Universitário.
 2-LUIZ CARLOS FONTES DE ALENCAR
Nascido em Estância, em 31 de dezembro de 1933, formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (1958), doutor pela mesma universidade (1969-1960). professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe e vice-reitor (1977-1979), professor de Processo Penal da Universidade de Brasília (1990-1995), membro da Academia Sergipana de Letras. do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e professor honoris causa da Universidade de Cruz Alta..
Juiz de direito da comarca de Tobias Barreto (1961), Maruim 919680, Itabaianinha (1969) e Aracaju (1979), membro do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (1972 a 1976), desembargador (1979), corregedor geral (1981-1982), presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (1985-1087), ministro do Superior Tribunal de Justiça (1989), professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe e  vice-reitor (1977-1979), professor honoris causa da Universidade de Cruz Alta.
A Justiça Eleitoral inaugurou em Estância, um Fórum  batizado com o nome do Ministro Luiz Carlos Fontes de Alencar.
 3-LEONARDO ALENCAR
Nascido em Estância, no dia 7 de abril de 1940. Desde a infância demonstrou grande interesse pelas artes plásticas. Dedicou-se à pintura, sob a influência de J. Inácio, Álvaro dos Santos. Florisval dos Santos e  Jordão de Oliveira. Fez sua primeira exposição, em 1960, no Belvedere da Sé, em Salvador.. Em 1961, realizou sua segunda exposição, na Escola Nacional de Belas-Artes (Rio de Janeiro), oportunidade em que foi agraciado com uma bolsa de estudo para o curso livre de gravura da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Em 1963, matriculou-se nos cursos de teatro e cenografia da Escola de Teatro da UFBa e no ano seguinte foi contratado como professor de ambos os cursos. Em 1970, estagiou com o colecionador alemão  Errst August Teves. Viajou  por vários países da Europa, realizando exposições ao lado de artistas europeus. Nos anos de 1970 e 1071, residiu em Londres, onde se destacou como desenhista de periódicos. Em 1974, regressou para o Brasil, passando a morar em  Salvador. até 1980, quando se mudou para Aracaju, onde passou a viver, fez exposições e ensinou pintura e desenhol Em  1991, ilustrou a capa do livro “O Homem de Branco”, de autoria de Adonias Filho (editado na Inglaterra com o nome “The Man in White”).
É membro  do Metropolitan Museum de Nova York, do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, do Museu de Gravura Brasileira (Bagé, Rio Grande do Sul), da Confraria dos Bibliógrafos do Brasil, do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.
.4-HUNALD FONTES DE ALENCAR
Nascido em Estância, em 10 de novembro de 1942. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, professor de Lingua Portuguesa e Literatura Brasileira, letrista e compositor de música popular, premiado em vários festivais, jornalista, poeta e teatrólogo Membro da Academia Sergipana de Letras e autor de várias obras. tais como “Verdes Silêncio da Semana”, “Poemas de Kandor”, “Uma Vez em Dolduvai”, “Elogio dos Peixes Ágeis”, “A Solidão das Palavras”, “Ária Suspensa”, “A Vassalagem das Pedras”.(Prêmio Santo Souza, da Prefeitura Municipal de Aracaju) e “Quatro Monólogos Trágicos”.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
1-Alencar Leão. Ruth de – A Família Alencar e a Casa da Torre. Disponível em https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=ruth+de+alencar+le%C3%A3o%2Bfamilia+alencar4. Acesso em 25 de maio de 2015.
2-Alencar Moreira, José Roberto de – Vida e Bravura. Disponível em https://books.google.com.br/books/about/Vida_e_bravura.html?hl=pt-BR&id=6KchGQAACAAJ. Acesso em 26 de maio de 2015
3-,Maynard, Armando = Extase, do poeta Claudio de Alencar. Disponível emhttp://grupominhaterraesergipe.blogspot.com.br/2013/01/extase-do-poeta-clodoaldo-de-alencar.html. Acesso em 28 de maio de 2015
4-Sá Almeida, Dijalma- Família Alencar. Disponível em http://www.webartigos.com/artigos/familia-alencar/38000/. Acesso em 26 de maio de 2015.
CASA DE LEONEL DE ALENCAR REGO, NA FAZENDACAIÇARA, EM EXU (PERNAMBUCO)








segunda-feira, 18 de maio de 2015

66- CLODOALDO DE ALENCAR


CLODOALDO DE ALENCAR

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Livro Orôs Clodoaldo de Alencar

Clodoaldo de Alencar,  advogado provisionado, jornalista, cronista e poeta, nasceu no Quixadá, Ceará, em 2 de agosto de 1903, sendo seus pais Cláudio Gomes e Maria Gomes de Alencar. Era cearense por nascimento, e sergipano por adoção.
É descendente direto do escritor José de Alencar, e do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. A propósito deste último parente, relata seu filho, Clodoaldo de Alencar Filho: “Quando o Presidente Castelo Branco visitou Sergipe, o Deputado Federal José Carlos Teixeira levou meu pai ao Palácio Olímpio Campos. Ele conversou com o Presidente e voltou feliz para casa porque teve a oportunidade e relembrar as coisas de sua infância no Ceará...”
Clodoaldo de Alencar chegou em Sergipe pelas mãos do Presidente Gracho Cardoso e se estabeleceu em Estância, onde contraiu matrimônio com Eurydice Fontes, filha do Dr. Jessé Fontes,  médico radicado naquela cidade.
Colaborou em jornais de Aracaju (“Correio de Aracaju”, “Sergipe Jornal”) e de Estância (“A Estância”, “A Voz do Povo”, “A Razão”) e pertenceu à Academia Sergipana de Letras, onde ocupou a cadeira número 34 que tem como Patrono Manuel Ladislau de Aranha Dantas. Suas principais obras são “Archotes”, “Orós” e “Os Mais Belos Trofeus de Herida”. Abaixo transcrevemos um dos sonetos mais belos do livro “Orós”

  
 ÊXTASE:
“Olhas-me, assim, tão dentro da retina,
com tanto afeto, com meiguice tanta
que o próprio coração se me quebranta
e a alma se eleva à placidez divina.
Que torpor indizível nos domina!
Quanta doçura nos teus olhos! Quanta!
As palavras sucumbem, na garganta,
Como gorjeios de aves em surdina...

O próprio vento, muito de mansinho,
para não perturbar nossa quietude,
oscula-te o cabelo em desalinho...
Sinto, então, meu amor, em tais instantes,
Que o mundo é belo em toda a plenitude,
no milagre dos olhos dos amantes!”
Por ocasião do centenário de nascimento de Clodoaldo de Alencar, seu livro “Orós” ganhou uma edição comemorativa. As ilustrações e a capa foram desenhadas por um de seus filhos, Leonardo de Alencar. As orelhas, por outro filho, Humberto de Alencar. A Apresentação é de José Anderson Nascimento, Presidente da Academia Sergipana de Letras.
Clodoaldo de Alencar faleceu em 9 de agosto de 1977, aos 74 anos de idade.
Uma praça de Aracaju, no bairro do Grageru, tem o nome de Clodoaldo de Alencar. Uma Escola Estadual, situada no bairro Cidade Nova, tem o mesmo nome.

 
FONTE BIBLIOGRÁFICA

Alencar Filho, Clodoaldo de – Clodoaldo de Alencar. Disponível em clodoaldoalencar.blogspot.com.br. Acesso em 18 de maio de 2015.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



terça-feira, 12 de maio de 2015

65- SANTO SOUZA


SANTO  SOUZA

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José dos Santos  Souza, poeta, jornalista e crítico literário, mais conhecido como Santo Souza, nasceu em Riachoelo, em 27 de janeiro de 1919.
Viveu a infância em sua cidade natal onde, aos  13 anos, revelou  sua vocação poética. Autodidata, aprendeu música em 3 meses, a ponto de  e compor  clarineta para uma namorada. Aos 17 anos,  mudou-se para Aracaju, onde trabalhou em uma farmáciadurante quase dez anos.

Em 1938, retornou à poesia. Entre a poesia e a música viveu até 1953, quando publicou seu primeiro livro, intitulado “Cidade Subterrânea”. A este seguiram-se outros:  “Caderno de Elegias” (1954), “Reliquias” (1955), “Órfica” (1956), “Pássaro de Pedra e Sono” (1964), “Concerto e Arquitetura” (1974), “Pentáculo do Medo” (1980), “A Ode e o Medo” (1988), “Obra Escolhida” (1989), “Âncoras de Arco” (1994),  “A Construção do Espanto” (1998) e “Rosa de Fogo e Lágrimas” (2005).

Santo Souza é membro efetivo da  Academia Sergipana de Letras e da Associação Sergipana de Imprensa e membro corresponde da Academia Paulista de Letras. Para o crítico de arte  Jackson da Silva Lima, Souza Santo  mergulhando  fundo na simbologia e no esoterismo, revela grande afinidade com Fernando Pessoa, Valery, Rilke outros poetas da mesma categoria.
Santo Souza recebeu honrarias, das quais destacamos o Grande Prêmio da Crítica, conferido pela Associação Paulista de Críticos de Artes, em 1995.

Viveu em Aracaju até o falecimento, ocorrido em sua residência, no bairro de Siqueira Campos, no dia 18 de abril de 2014. Poucos dias depois, deveria lançarr mais um livro: “Ponte para os Trágicos”.

 “Santo Souza, autodidata, alcançou largo conhecimento, inclusive de idiomas estrangeiros; e nos legou considerável acervo biblíográco de poesias e crônicas”  (Fontes de Alencar)

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“Cravar a estrela no chão / e dizer à noite: agora, /afaste-se a escuridão / que eu vou chegando com a aurora.
E fazer brotar da terra / - da terra que tudo faz – / não a treva e o ódio da guerra, / mas a luz e o amor da paz.
Que eu vim traçar nos caminhos / (invés de dor e agonia) / a rota livre dos homens / com as tintas claras do dia”

                (“BALISA”, de Santo Souza)

 
REFERÊNC IAS BIBLIOGRÁFICAS

 

  1. Morais, Giselda. Santo Souza. Disponível em http://www.jonraldepoesia.jor.br/santosouza.html.. Acesso em 10 de maio de 2015.
  2. Wikipediaq. Santo Souza. Disposível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Souza.Acesso em 10 de maio de 2015.
  3. --------------- Santo Souza – Disponível em http://redesergipedecultura.Acesso em 10 de maio de 2015.

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segunda-feira, 11 de maio de 2015

64- NICOLINA BISPO

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Nicolina Bispo, professora e poetisa sergipana, nasceu em Aracaju, no ano de 1906.
Aprendeu as primeiras letras em sua cidade natal e, aos 12 anos, mudou-se com sua família para Guarulhos (São Paulo).
Fez o curso nomal no Colégio Caetano de Campos, na capital paulista. Deslocava-se diariamente, em um percurso de 3 horas, de trem, até a Estação Tamanduatei. De Tamanduatei continuava a viagem,   de bonde, até a Praça da República, onde se localizava o Colégio,
Concluído o curso normal, foi nomeada para o serviço público. Ensinou Inicialmente na Escola Capristano de Abreu, em Guarulhos. Depois, passou para a Escola Mista do  Gopoúva. Montou, também, uma escola em sua residência e passou a alfabetizar gratuitamente as crianças de Guarulhos. Deu ´à sua escola o nome de Machado de Assis. Era admiradora daquele escritor,  e mantinha seu retrato em local de destaque, no interior de sua casa.
Algum tempo depois, foi professora e diretora do famoso  “Colégio Paulistano”, situado em São Joaquim,  local  atualmente ocupado pelo campus da FMU.
Em 1954 escreveu o Hino de São Paulo (a música é de autoria do maestro Vicente Aricó Jr.), pelo que foi condecorada com o título de cidadã paulistana.
Em parceria com Arico Junior e outros, publicou o livro “Cantem Conosco”, onde figura como autora da letra de várias músicas.
Em 1960, durante as comemorações do centenário da  cidade, venceu o concurso para escolha do Hino de Guarulhos, motivo pelo qual recebeu o título de cidadã guarulhense (1969).
A Prefeitura Municipal de Guarulhos deu a uma de suas escolas, o nome de Centro de Convivência Infantil Profa. Nicolina Bispo.
Nicolina Bispo, exemplo de dedicação e civismo, faleceu em Guarulho, aos 87 anos de idade, em 13 de julho de 1995.
"Não fosse o Hino Guarulhense, provavelmente Nicolina Bispo seria totalmente esquecida", disse Massami Kishi (2).
HINO DE GUARULHOS

(Letra de Nicolina Bispo)


Sob o céu desta Pátria querida,
Mais cem anos de luta e labor,
Cingem hoje o teu nome Guarulhos,
Que se ergueu por seu próprio valor.
 
Chaminés, como lanças erguidas,
Nos apontam o caminho a seguir,
Trabalhando, vencendo empecilhos,
Desfraldando o pendão do porvir.
Tuas praças são livros abertos,
Onde lemos futuro de glória,
Crispiniano e Bueno fulguram,
Como vultos eternos na História…
Que o teu nome em mais um centenário,
E na língua tupi proclamado,
Seja um hino de paz, de esperança,
Por teu povo feliz, entoado.
Pequenina nasceste, e João Álvares,
Jesuíta, benzeu-te com Fé,
Tu és hoje cidade progresso,
Uma terra que vence de pé.
Eia, pois, guarulhenses, avante,
Com bravura na luta febril,
Por São Paulo e por tudo o que é nosso,
E, acima de tudo o Brasil!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 
  1. Garcia, Gláucia – Nicolina Bispo, uma breve biografia. Disponível em http://www.saopauloantiga.com.br/nicolina-bispo-uma-breve-biografia/ Acesso em 09 de maio de 2015.
  2.  Kishi, Massani – Guarulhos, Século XX – Disponível emhttp://www.guaru.com.br/secxx/detalhe.asp?codigo=97. Acesso em 09 de maio de 2015.
  3. Nicolina Bispo- Wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolina_Bispo. Acesso em 09 de maio de 2015.
 
 
 
 


 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

63- ARARIPE COUTINHO

Araripe Coutinho homenaheia Déda (Foto: Arquivo Pessoal)

ARARIPE COUTINHO
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Araripe Coutinho, sergipano por adoção, nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de dezembro de 1968.
Mudou-se para Aracaju em 1979, onde se firmou como peta, jornalista e apresentador de televisão. Em 2009, lançou uma coletânea de poesias, denominada “Cultura Poética. Reuniu amigos e admiradores e declarou: “Eu não deveria ter nascido. Quando vi, estava eu aqui, meio lama no imenso mundo retratado, cheio de quadrúpedes rondando a minha sala. Pedi para voltar. Gritei muito, antes de ouvir uma voz dizendo: desça e arrase!”,
Escreveu crônicas, poesias e artigos, publicou 13 livros,  militou  na imprensa sergipana e manteve programas televisivos.
Em 2011 envolveu-se em uma polêmica. Foi  fotografado seminu no Palácio Olímpio Campos, antiga sede do governo, hoje transformado em museu. A foto foi divulgado pela internet e provocou comentários dos internautas que se manifestaram com espanto e bom humor. Procurando justificar , dizendo  "... a vontade não foi macular o local, foi levar a arte. Traduzir algo novo, para que as pessoas pudessem se repensar e repensar a poesia. As fotos, foram tiradas quando o museu estava fechado para reforma. Entrei pelo fundo, naturalmente, e como sou uma pessoa conhecida, não me impediram, até porque as pessoas não sabiam que eu ia fazer uma foto sensual. Entrei naturalmente, tirei as fotos, uma coisa de 10 ou 12 minutos. As fotos ficaram lindas, profissionais, artísticas”. A polêmica motivou uma entrevista no “Programa do Jô” na Rede Globo.
Araripe Coutinho é cidadão honorário de Aracaju e de Sergipe, e membro da Academia Sergipana de Letras. Dirigiu a Biblioteca Pública Municipal.
Araripe faleceu em sua residência, em Aracaju, no dia 9 de janeiro. aos 45 anos de idade. De acordo com os registros da época, “foi encontrado por amigos, caído no chão, no quarto de sua residência, no bairro Industrial, por volta das 7:30 horas. Estava ofegante. O SAMU chegou a ser chamado mas não houve tempo de socorre-lo”. De acordo com a informação , o poeta sofreu uma parada cardío-respiratória causada por uma pneumonia bacteriana.
Várias personalidades se manifestaram por ocasião de sua morte prematura. O governador do Estado, Jackson Barreto, disse em nota oficial: “Araripe deixa uma lacuna na poesia sergipana. Ele era um artista sensível, alegre e intenso. Essas características estavam impressas nas suas obras”. O deputado federal Valadares Filho afirmou: "Fiquei muito triste com a notícia do falecimento do poeta Araripe Coutinho. Grande escritor, e membro da Academia Sergipana de Letras. Além de culto, era muito simpático e divertido, por onde passava sempre arrancava o sorriso das pessoas com suas brincadeiras. Ficará para sempre na memória dos sergipanos”
Para o escritor Antônio Saracura, "Ele era uma estrela que brilhava em todos os lugares e se comunicava com todos os públicos”.
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA
Barreto, Francisco & Fontenele, Marina – Araripe Coutinho. Disponível em poeta-araripe-coutinho-morre-aos-45-anos-em-aracaju. Acesso em 7 de maio de 2015




segunda-feira, 4 de maio de 2015

62- JOÃO FIRMINO CABRAL


JOÃO FIRMINO CABRAL
ordeste/index.php?titulo=Jo%C3%A3o+Firmino+Cabral&ltr=j&id_perso=94

 João Firmino Cabral nasceu em Itabaiana, em 1º de janeiro de 1940, sendo seus pais Pedro Firmino Cabral (cantor de feira ambulante, e embolador) e Cecília da Conceição (roceira).
Desde a infância, agricultor. Ao atingir a adolescência, revelou interesse pelas letras e comprou folhetos de cordel. Aos 17 anos escreveu seu primeiro folheto, a “Profecia do Padre Cícero”. Este trabalho foi premiado com a Medalha do Mérito Cultural Serigy. Muitos anos depois, recordando o sucesso, declarou: “Minha história com a Literatura de Cordel  começou há 50 anos e teve como principal influência o estilo cantador de feira e embolador do meu pai, Pedro Firmino Cabral. Ainda na juventude, comecei a interessar-me pelos folhetos e acabei utilizando a literatura para aprender a ler.” Na mesma ocasião, afirmou: “O autor que mais me serviu de referência foi o paraibano Manoel Almeida Filho, autor de obras como “Vida, Vingança e Morte de Corisco” e “A Menina que nasceu pintada com as unhas de ponta e a sobranceira raspada”.

Depois da estreia mudou-se para Aracaju e passou a viver   exclusivamente da literatura de cordel. Durante muitos anos, manteve uma banca localizada na “Passarela das Flores”, no Mercado Municipal. Em sua banca recebia  cordelistas, professores e turistas. Atendendo  pedido de várias escolas,  e entidades públicas e privadas, publicou  folhetos educativos.

Em 2003, tornou-se patrono da 1ª Cordelteca brasileira, inaugurada em Aracaju. O acervo desta Cordelteca é de mais de meio milheiro de folhetins, de autoria de 36 cordelistas.
Em 1995,  tornou-se membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, onde passou a ocupar a cadeira de número 28.

Sua banca era um local de visita obrigatória para os cordelistas nordestinos, os  quais eram recebidos ali com manifestações de amizade e carinho.
João Firmino Cabral faleceu, vitima de leucemia, aos 73 anos de idade, em Aracaju, no dia 1º de fevereiro de 2013. A Secretaria Municipal de Cultura deu o seu nome  à  Cordelteca que ele ajudou a fundar, nas dependên cias da Biblioteca Municipal Clodomir Silva. Segundo a Coordenadora de Extensão da Biblioteca, “Sua última visita foi em maio de 2012, quando participou, como escritor convidado, de uma oficina literária que reuniu professores e estudantes da rede pública de ensino.”  A diretora da Biblioteca, Fátima Góes, declarou: “Estamos reunindo amigos e admiradores de João Firmino, que são cordelistas, para um sarau poético, onde serão declamados versos do escritor. A família também foi convidada e de imediato aceitou comparecer a homenagem”.

 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Maurício, Ivan – João Firmino Cabral, disponível em http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Jo%C3%A3o+Firmino+Cabral&ltr=j&id_perso=9 Acesso em 4 de maio de 2015.