CLODOMIR SILVA
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Clodomir Silva e Silva, mais conhecido como Clodomir Silva, jornalista,
escritor, advogado e político, nasceu em 20 de novembro de 1892, em Aracaju.
Iniciou os preparatórios no Atheneu Sergipense, tradicional
estabelecimento de ensino da capital sergipana, onde estudaram, em épocas
diferentes, João Ribeiro, José Rodrigues da Costa Dória, Gilberto Amado, Manuel
Bonfim , Jackson de Figueiredo, Gracho Cardoso, Aníbal Freire, Dias de Barros,
Felisberto Freire, Gentil Tavares da Mota, Honald Cardoso, Joé Calazans e
outras figuras exponenciais de Sergipe. No quinto ano, deixou o Atheneu e, por
força da Reforma Rivadavia, submeteu-se ao exame vestibular. Aprovado,
ingressou, em abril de 1919, na Faculdade de Direito de Recife, pela qual
bacharelou-se oito anos depois, em 1926. O curso foi interrompido algumas vezes,
por motivo de dificuldade financeira.
Depois de formado, foi residir em Aracaju, onde se estabeleceu como professor,
jornalista, escritor, orador e advogado. Como jornalista, começou cedo, aos 19
anos, colaborando com o “Correio de Aracaju”, “Estado de Sergipe” e “Sergipe
Oficial”.. Foi redator
periódicos literários e humorísticos (“O Tagarela”, “A Rua”, “A
Trombeta”, “O Espião”, “Vida Sergipana”, e outros) Às vezes assinava seu nome; outras vezes, utilizava os pseudônimos “Essielle” e “João das Cubas”.
Independentemente de sua atividade jornalística, deu aulas
particulares de português e de outras disciplinas. Foi professor durante muitos
anos. Em março de 1918, foi nomeado professor de português do Atheneu
Sergipense. Ensinou também na Escola de Comércio Conselheiro Orlando.
Ainda em 1918. Conseguiu do Tribunal de Justiça permissão
para advogar nas comarcas de Aracaju, Laranjeiras e Maruim. Atuou gratuitamente
como advogado, em São Cristóvão.
Claudomir foi se impondo no meio em que viveu.
Tornou-se membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, da Academia
Sergipana de Letras e da Loja Capitular Cotinguiba (onde conviveu com Arthur
Fortes, Epifânio Dória e outras figuras importantes). Na Maçonaria, ainda muito
jovem, chegou ao grau máximo. Depois de sua morte, os maçons criaram a “Loja
Simbólica Clodomir Silva”.
Clodomir foi um membro atuante da Liga Contra o
Analfabetismo. e durante muito tempo foi seu orador oficial.
Foi eleito deputado estadual (1920-1922). Empossado, foi
eleito segundo secretário da mesa diretora da Assembleia Legislativa. Reeleito
para a legislatura de 1923-1925, continuou exercendo seu mandato com dedicação,
honradez e eficiência. Nesta época foi nomeado membro do Conselho Superior de
Ensino mas não assumiu, em virtude de optar pelo mandato de deputado.
Faleceu precocemente em Aracaju, no dia
10 de agosto de 1912, vitimado pela febre tifoide. Disse Freire Ribeiro que
Clodomir Silva “é um pássaro luminoso que alto voa na embriagues do azul”.
De sua bibliografia destacamos duas obras:
- ALBUM DE SERGIPE: Publicado em 23 de outubro de 1920, em comemoração ao primeiro centenário da Emancipação Política de Sergipe. Encomendado pelo Presidente Pereira Lobo, “este álbum, diz a historiadora Terezinha Alves de Oliva, constitui referência para os estudos sergipanos, pois trata-se de uma síntese da história, da geografia, da economia e da administração de Sergipe, um balanço da trajetória dessa unidade político-administrativa nos seus primeiros cem ano
- MINHA GENTA: Publicado em 1926, hoje com três edições. É uma coletânea das conferências e de outros escritos do autor.
Clodomir Silva é, em Aracaju, nome das seguintes Instituições:
- Loja Maçônica
- Biblioteca Municipal, criada em 7 de novembro de 1959.
- Memorial, na Biblioteca Municipal
- Grêmio Escolar do Atheneu Sergipense
- Logradouro público, no bairro Getúlio Vargas
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Santos Vidal, Valdevania Freitas dos – Uma Trajetória
Marcante de dois Intelectuais Sergipano: Getil
Tavares e Clodomir Silva –Disponível em
http;//www.sbhe.org..br/novocongresso/cbhe5/pdf/983.pdf. Acesso em 11 de março
de 2015.
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