sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

15- HERMES FONTES


HERMES FONTES
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Hermes Floro Bartolomeu Martins de Araújo Fontes, mais conhecido como Hermes Fontes, compositor e poeta sergipano, nasceu em 28 de agosto de 1888, em Boquim, sendo seus pais Francisco Martins Fontes e Maria de Araújo Fontes.
Fez os estudos iniciais em sua terra natal. Aos oito anos de idade, mudou-se para Aracaju, onde foi aluno do professor Alfredo Montes. Seu talento impressiou seus professores, colegas e contemporâneos, motivo pelo qual o presidente de Sergipe, Martinho Garcês, o levou para estudar na capital da República.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, Hermes deu vasão ao seu excepcional talento. Aos 15 anos, principiou a colaborar em vários jornais,  De início colaborou no  “O Fluminense”, Depois, passou para outros jornais: (“O Imparcial”, “A Folha do Dia”, “O Diário de Notícias” ...)  e várias revistas (“Careta”, “Fom-Fon”, “Tribuna Tagarela, ”Atlântida”, “Brasil Revista das Revistas”, “América Latina”, “Kosmos”, etc.). Tornou-se, também, caricaturista.
ngressou na Faculdade de Direito, onde foi aluno de Sívio Romero,. Diplomou-se em 1911, mas nunca exerceu a profissão.
De 1903 até a sua morte desenvolveu intensa atividade jornalísitca e literária. Em 1904 fundou o periódico “A Estreia”. Em 1908, publicou “Apoteoses” e a partir de então dedicou-se  ao jornalismo, à critica literária e às  letras . Em artigos e ensaios, abordou vários aspectos da vida brasileira mas não acompanhou a  celeridade dos adeptos do Futurismo. No dizer de Luiz Antônio Barreto, “Hermes Fontes foi um artista completo, que conquistou o público, mereceu opinião favorável dos críticos e o reconhecimento pleno de de sua intensa atividade intelectual mas, apesar disso, foi um retardatário” (Obra citada).
Hermes Fontes integrou a Academia Brasileira de Letras e participou da criação da Academia Sergipana de Letras. onde  inaugurou a Cadeira 16, que tem como patrono o poeta Pedro de Calazans. “A aprovação do nome de Hermes Fontes entre os fundadores da Academia Sergipana de Letras parece representar uma homenagem ao poeta, pois outros sergipanos residentes fora do Estado e com nome feitos na cultura brasileira, como Laudelino Freire, Aníbal Freire, João Ribeiro, Manoel Bonfim, Graccho Cardoso, Deodato Maia, Barreto Lima[ e muitos outros foram deixados nas cadeiras de Sócios Correspondentes. A quebra de uma regra que a Academia até hoje conerva comprova o prestígio de Hermes Fontes em Sergipe” (Ibidem).
Como cidadão, fez parte da campanha civilista, comprometendo-se com a candidatura de Rui Barbosa e efrentando  os partidários de Hermes da Fonseca.
De sua bibliografia, constam: ”Apoteoses” (1908, republicado em 1915), “Miragem do Deserto” (1913. Republicado em 1917). “Gêneses (1913), “Ciclo da Perfeição” (1914), “O Mundo em Chamas” (1914). “Juizo Efêmro” (1916), “Epopeia da Vida” (1017), “Microcosmo” (1919), “Lâmpada Velada” (1922), “Despertar” (1922). “A Fonte da Mata” (1930). Após a sua morte, Povina Calvacanti publicou uma coletânea, intitulada “Poeasias Escolhidas” (1944). Em “Despertar”, Hermes Fontes fez uma dedicatória a Sergipe, nos seguintes termos: “A  Sergipe, terra de meu berço, e berço de meu pai e em cuja entranha dorme sono eterno minha mãe, que lá teve berço e túmulo”.
Hermes Fontes suicidou=se no Rio de Janeiro, em 25 de dezembro de 1930, aos 42 anos de idade e  mereceu  uma hermida levantada em sua homenagem no Passeio Público”, em pleno coração da cidade. Com a reforma deste logradouro, a ermida foi retirada, provocando  justa revolta dos inconformados.
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Barreto, Luiz Antônio- Hermes Fontes. Disponível em http://www.infonet.com.br/luisantoniobarreto/ler.asp?id=31024. Acesso em 19 de dezembro de 2014.


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