terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

45- JOAQUIM MAURICIO CARDOSO


CONVENTO DO CARMO, SÃO CRISTÓVÃO, SERGIPE
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Joaquim Maurício Cardoso nasceu na Bahia, em 1808, mas viveu em Estância, berço cultural de Sergipe.
É o patriarca de uma das famílias mais importantes do Estado. Casou-se com uma estanciana, Joana Batista de Azevedo, com quem teve diversos filhos, que se tornaram personagens de destaque na vida sócio-cultural da província: Severiano Cardoso, Brício Cardoso, Sinfrônio Cardoso, Melchisedek Mathusalen Cardoso e Manuel Maurício Cardoso, além de Inês de Azevedo Cardoso, Amélia Cardoso e Valéria Cardoso. Bricio Cardoso foi um dos maiores intelectuais de Sergipe e seu filho, Maurício Gracho Cardoso, presidente do Estado.
Joaquim Maurício foi um dos fundadores do primeiro jornal de Sergipe, o “Recopilador Sergipense”, cuja primeiro número circulou em setembro de 1832. Saia às terças e sábados, impresso na primeira tipografia sergipana, a “Tipografia Silveira”, de propriedade do Monsenhor  Antônio Fernandes da Silveira.
Autodidata, Joaquim Maurício tornou-se rábula. Em sua época não existia Faculdade  de Direito no Brasil.
Foi, principalmente, professor. Ensinou Retórica, Latim e Primeiras Letras, no ensino público, e foi professor de Matemática e Geografia no Externado Provincial de Estância. Era um mestre muito conceituado. Vários de seus alunos se tornaram figuras importantes na região de Estância e Santa Luzia do Itanhy. Sirvam de exemplos  João Sabino Vieira (médico), Constantino José Gomes de Souza (também médico) e Jesuino Pacheco d´Ávila (médico e deputado).
Além de professor e advogado, Joaquim Maurício foi deputado provincial por Estância.
Em 1832, o presidente de Sergipe, José Geminiano de Navarro, reuniu as cadeiras de Retórica, Latim, Francês e Geometria existentes em São Cristóvão, que funcionavam isoladamente, e criou o “Liceu Sergipense” instalado no Convento do Carmo, naquela cidade, então Capital da província. O frei José dos Prazeres Bulhões foi nomeado diretor, e Joaquim Maurício Cardoso vice-diretor. Três anos depois, o Liceu deixou de funcionar e Joaquim Maurício retornou para Estância onde continuou como professor de grande renome e prestígio.
Joaquim Maurício Cardoso faleceu em 1869, sem imaginar que a sua descendência seria uma das mais ilustres de Sergipe.
 FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Vieira, Wanesa – Joaquim Maurício Cardo: um intelectual baiano com reizes sergipanas. Disponível emhttp://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe5/pdf/902.pdf. Acesso em 24 de fevereiro de 2015
 
 



2 comentários:

  1. Gostaria de mais detalhes sobre a vida do Frei José dos Prazeres Bulhões, que mais ele representou para a a historia de São Cristóvão, pois ninguém chega a ser diretor de um Liceu caindo do Céu. Antonio da Graça (ag eliodorio@hotmail.com). Qual sus graduação? pelo menos suas qualidades como pessoa.

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  2. Que fazia o Frei José dos Prazeres Bulhões antes de ser nomeado diretor do Liceu Sergipense?

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