segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

42- JOSÉ MARTINS FONTES (O POLÍTICO)

Cidade Histórica - Laranjeiras
 
LARANJEIRAS, CIDADE HISTÓRICA
Jose_Martins_Fontes
 
 
 
José Martins Fontes, vice-presidente de Sergipe, por carta imperial de 30 de novembro de 1876, assumiu a presidência,interinamente, duas vezes, em 1877 (precidido por João Ferreira de Araújo Pinho e sucedido por Antônio Francisco Correia de Araújo) e em 1878 (precido por Antônio Francisco Correia de Araújo e sucedido por Francisco Ildefonso Ribeiro de Meneses).
Não deve ser confundido com seu homônimo, José Martins Fontes, conhecido como “Dr. Pintassilgo”, médic e poeta, nascido em Santos, em 23 de junho de 1884, ,filho do  dr. Silvério Martins Fontes e Isabel Martins Fontes.
José Martins Fontes, o político, prestou juramento do cargo de vice-presidente, no dia 9 de janeiro de 1877. No dia seguinte assumiu a presidência,  pelo fato do presidente efetivo, Dr. João Ferreira de Araújo Pinho, ter de ausentar-se para tratamento de saúde,  na Bahia.
As condições de Sergipe, naquela época, estão retratadas na Mensagem que enviou à Assembleia Legislativa Provincial. As doenças mais comuns eram as febres intermitentes, o paludismo, febres perniciosas, pneumonia, bronquite, tuberculose pulmonar, hepatite e varicela.Algumas pessoas que adquiriram varíola na Bahia, faleceram em São Cristóvão. Um navio procedente do Rio de Janeiro, trouxe dois tripulantes com febre amarela, que foram tratados, sem maiores consequências para a Saúde Pública local.
A Segurança Pública não oferecia grande preocupação. Com exceção das cadeias de São Cristóvão e de Lagarto (de recente edificação) as situadas em Aracaju, Estância,  Itabaianinha, Propriá, Capela e Vila Nova. eram antigas e apresntavam péssimo estado de conservação. Nelas, disse o presidente José Martins Fones, “não se respeitava os principios humanitários, as recomendações da higiene, nem a possibilidade de regeneração dos criminosos Todas eram pequenas e não acomodavam o grande número de presos. Quem visita a cadeia da Capital entra em uma atmosfera pútrida  que atordoa, e assiste a uma sena repelente e contristadora. Nudez e imundicie, rostos pálidos, corpos cadavéricos, desordem e confusão por toda parte: eis o que vê, eis o que ouve quem tem o dever, ou a curiosidade de visitar a cadeia da Capital.” O governo da província não tinha o recurso necessário.. A preocupação do presidente era a de melhorar as condições das cadeias. Em certa altura de sua Menwt3m, afirma que “os presos precisam trabalhar, porque o homem que trabalha  encontra nas fadigas do corpo o adormecimento das tempestades da consciência. Trabalhar é caminhar para Deus, trablhar é o modo mais sublime de orar. Quem ora eleva-se;. e o homem que.moralmente se eleva, se é criminoso, regnera-se. se é inocente, sublima-se”.
De 22 de maio de 1876 a 22 de fevereiro de 1877, foram presos 129 criminosos,
Sergipe estava dividido  em 11 comarcas. Com exceção de Estância, Laranjeiras e Itabianinha (nesta última, o juiz era o Dr. José Matins Fontes,, que dela se licenciou para ocupar a presidência), todas dispunham de    um juiz de direito efetivo. Os  Ternis eram   23. Destes,  18 tinham juizes municipais formados em direito; nos outros Termos funcionam juizes municipais suplentes. Todas as comarcas tinham promotores públicos, formados em direito.
O efetivo da Força Policial era de 398 homens, dos quais 70 soldados e 1 cirurgião não estavam engajados. Toda estavam fardados, armados e equipados
A economia da província baseavs-se no cultivo da cna e no fabrico do açucar. O algodão vinha em segundo lugar.
A barra do Cotinguiba era a mais frequentada por navios nacionais e estrangeiros. A do Rio Real era a segunda em importância e a do Rio São Francisco vinha em seguida.
Ignoramos a data do falecimento do Dr. José Martins Fontes.
I
 
 
 
 

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