sexta-feira, 28 de novembro de 2014

02- SILVIO ROMERO

 
 SILVIO  ROMERO
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Sílvio  Vasconcelos  da  Silva  Ramos Romero, mais conhecido como Sílvio Romero, advogado, jornalista, crítico literário, ensaista, poeta, historiador, filósofo, cientista político, sociólogo, escritor e professor, nasceu no dia 21 de abril de 1851, em Lagarto.
Concluídos os primeiros estudos em Sergipe, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, sendo por ela diplomado em 1873. Foi contemporâneo de Tobias Barreto e de Castro Alves e, ainda estudante de direito, colaborou em 1870, como crítico literário, em vários periódicos de Pernambuco e do Rio de Janeiro.
Em 1875, foi eleito deputado provincial por Estância. Radicado no Rio de Janeiro, notabilizou-se como  crítico literário e publicou, em 1878, seus dois primeiros livros, “A Filosofia no Brasil” e “Cantos do Fim do Século”. No primeiro, questionou o meio acadêmico,  e o intelectual, da capital do Império, criticou as correntes filosóficas em curso no país e exaltou as qualidades morais e intelectuais de Tobias Barreto, que ele considerava seu mestre e paradigma.
De 1881 a 1910, ensinou Filosofia no Colégio Pedro II e em 1883 visitou Lisboa e publicou mais três livros, “História Econômica Brasileira”, “O elemento popular na literatura do Brasil” e “Cantos populares do Brasil”. Em 1888, publicou “A História da Literatura Brasileira”, em dois volumes. Em 1891, escreveu vários artigos sobre ensino para o jornal “Diário de Notícias”, dirigido por Rui Barbosa e foi nomeado membro do Conselho de Instrução Superior. Em 1897, fundou, com outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras.
Entre os anos de 1900 e 1902, voltou à vida pública: foi eleito deputado federal e colaborou na elaboração do Código Civil, na função de relator geral.
Em 1911 e 1912, residiu em Juiz de Fora, onde participou da vida intelectual da cidade, publicou poemas e artigos, prefaciou livros, proferiu discursos e lecionou em estabelecimentos de ensino.
A obra de Sílvio Romero  caracteriza-se pelo embate e pela polêmica, tanto na crítica literária quanto na poesia, tanto na teoria e na história literária quanto no folclore, tanto na etnografia quanto nos estudos políticos e sociológicos. “Em mim – disse ele – o caso literário é complicadíssimo e anda tão misturado com situações críticas, filosóficas, científicas e até religiosas, que nunca o pude delas separar”. Uma de sua polêmicas mais famosas foi a que manteve com o Conselheiro Lafayete Rodrigues Pereira quando da publicação do livro de Sílvio Romero sobre Machado de Assis, em 1897. Outras polêmicas dignas de nota foram as que manteve com José Veríssimo (em defesa de Tobias Barreto) e Teófilo Braga (sobrle questiúnculas ligadas à publicação de livros de sua autoria).
Apesar de ser ardoroso admirador de Tobias Barreto, combateu veementemente a migração alemã, considerando-a altamente danosa para o Brasil.
Sílvio Romero faleceu em 18 de junho de 1914, no Rio de Janeiro. Na Academia B4rasileira de Letras ocupou a Cadeira 17 que tem como patrono Hipólito da Costa.
Sua bibliografia, muito extensa, contem 69 publicações, sendo 26 sobre Filosofia, Política e Sociologia, 34 estudos literários, 2 livros de poesia, e 7  de História.
 

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