50- GUMERCINDO BESSA

GUMERSINDO BESSA

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Gumercino de Araújo Bessa, mais conhecido como Gumercino Bessa, magistrado e jornalista sergipano, nasceu em Estância, em 2 de agostcoo de 1859, sendo seus pais Urbano Joaquim da Soledade e Francisca Carolina de Araújo Bessa.

Viveu os primeiros anos da infância em sua cidade natal, onde realizou os estudos iniciais e o curso de Humanidades. Destinado à carreira eclesiástica, matriculou-se no Seminário Arquiepiscopal da Bahia, onde estudou de 1876 a 1879. Em 1879, interrompeu o tirocínio eclesiástico, matriculando-se na Faculdade de Direito do Recife, onde foi aluno de Tobias Barreto e se distinguiu como o melhor aluno do curso.

Diplomou-se como bacharel em ciências jurídicas, em 2 de outubro de 1885

Regressando à terra natal, foi nomeado promotor público da comarca de São Cristóvão, cargo que exerceu até 1886. Em 1891, dando prosseguimento a sua brilhante carreira de magistrado, foi juiz de casamentos, e, posteriormente, desembargador e presidente do Tribunal de Apelação.

Em 1884, foi Chefe de Polícia. Em 1888, foi eleito deputado provincial. Em 1909, deputado federal

Desde cedo demonstrou o gosto pelo jornalismo. Ainda estudante na Estância, começou a publicar artigos na imprensa local..

Em todas as funções que exerceu, portou-se com independência, honradez e nobreza de caráter, sobretudo como jurista e magistrado. Tornou-se um eminente jurisconsulto, cujo saber ultrapassou as fronteiras do Estado, impondo-se à admiração dos profissionais mais famosos do Brasil. O renome de sua erudição chegou a tal altura que ele chegou a ser convidado, insistentemente, para reger a cátedra de Direito Criminal da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.

Em 1903, Gumercindo Bessa foi convidado pelos acrianos para enfrentar o Conselheiro Rui Barbosa na ação de reivindicação de seu território pelo Estado do Amazonas (logo após a compra do Acre pelo Brasil, em 1903). Rui Barbosa, batalhou a favor da incorporação do Acre ao Estado do Amazonas. Gumercindo Besssa defendeu a elevação do Acre a território federal, desvinculado do Amazonas. Gumerindo saiu venceder.

Conta Reinaldo Pimenta, em seu livro “A Casa de Mãe Joana”, que o Presidente Rodrigues Alves, recebendo um cidadão que lhe apresentara um pedido com justificativas infindáveis, exclamou: “O senhor tem argumentos à Bessa!” A expressão se popularizou, passando a significar, segundo o Dicionário de Houaiss, “em grande quantidade”. Esta expressão só existe no português falado no Brasil. Como gratidão pelos serviços prestados ao Acre, a  Intendência do Alto Acre deu à principal rua de Rio Branco, o nome de Gumercino Bessa.

Gumercindo Bessa pertenceu a várias Instituições culturais, como o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a Sociedade de Legislação Brasileira (Rio de Janeiro), o Clube Democrático de Laranjeiras, etc.

 

De sua bibliografia constam:

 

1. Heu,viser! (1883)
2. Que é Direito ? (1885)
3. Autonomia Municipal  (1887)
4. Instrução Pública (1890)
5. Esbulho entre Condôminos (1896)Do Primado Judiciário no Regime Federativo (1897)
6. Embargos e Concordata por Abandono (1898)
7. Recursos Extraordinários (1900)
8. Ação de Indenização por Construções no Solo Alheio (1901)
9. Parecer em Favor do Tabelião Reinaldo Torres (1904)
10. Monopólio das Carnes Verdes (1905)
11. Memorial em Prol dos Acrianos (1905)
12. Imposto Inconstitucional (1905 – 1906))
13. Em Minha Defesa (1910)
14. Discurso lido a 7 de Setembro (1912)
15. Memorial apresentado ao Supremo Tribunal Federal pela Companhia Aliança (1913)
16. Pela Imprensa e pelo Foro (1916)
17. Propedêutica Jurídica (1919)
18. Fragmentos de Um Livro Abortado (1919)

 

O grande jornalista e magistrado, faleceu em 1913, no engenho Mucuri, termo de Socorro, sendo sepultado no Cemitério Santa Isabel, em Aracaju. Suas exéquias foram custeadas pelo Estado.

 Em sua homenagem o Governo adquiriu sua biblioteca particular, incorporando-a à Biblioteca Pública onde, em ato solene, foi colocado o seu retrato, em 24 de outubro de 1916. Há na Estância um Grupo Escolar com o nome de Gumercindo Bessa.

 

 

 

 

 

 

 

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